Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Nova bolsa de valores pode focar em PMEs

A Americas Trading System Brasil (ATS Brasil) entrou na semana passada com pedido de licença na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar como bolsa de valores no país

Por Da Redação
21 jun 2013, 13h42

Mesmo com a bolsa de valores brasileira derretendo, a Americas Trading System Brasil (ATS Brasil) entrou na semana passada com pedido de licença na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar como bolsa de valores no país. Enquanto aguarda o sinal verde do órgão regulador, a empresa já mostra seu diferencial: pode representar uma alternativa, via mercado de ações, para as pequenas e médias empresas (PMEs) se financiarem.

O presidente da ATS, Alan Gandelman, afirmou à Agência Estado que apoia as iniciativas para impulsionar a entrada das PMEs no mercado acionário, por considerar que o Brasil tem um número de empresas listadas muito aquém do potencial de sua economia – até maio eram 456 na BM&F Bovespa. No entanto, frisou que a prioridade inicial é montar a nova bolsa. �

Ele lembrou que a Nyse Euronext – líder global em operações financeiras, sendo responsável pelas bolsas de Nova York e Paris, entre outras, sócia com 20% da sociedade, já trabalha com esse mercado PME na Europa e tem tecnologia e conhecimento para implantar o modelo no Brasil. “A partir do momento que a gente existir como bolsa, vai olhar isso. Mas temos deveres de casa a fazer antes”�, afirmou Gandelman.

A brasileira Americas Trading Group (ATG) é a sócia principal, com 80% da nova bolsa. A Nyse e a ATG anunciaram sua intenção de criar uma plataforma de negociação de ativos em bolsa no Brasil em novembro do ano passado. O objetivo era desenvolver uma central de liquidez para o mercado brasileiro, mas elas garantiram que não tinham a intenção de roubar participação da BM&F Bovespa, e sim agregar novas opções de investimentos ao mercado nacional, elevando sua liquidez. Na ocasião, elas destacaram que a nova plataforma de negociação teria como meta chegar ao final de 2014 com 10% a 15% de participação no mercado de capitais brasileiro.

Leia também:

Bolsas europeias têm a pior queda diária em 19 meses

Fed mantém política de compra de títulos inalterada

A Nyse Euronext anunciou em maio a abertura da EnterNext, seu mercado para esse segmento PME. Em meio à crise na Europa, a EnterNext foi criada para ajudar a capitalizar e desenvolver as PMEs europeias com atuação local ou internacional. Questionado sobre o interesse em criar algo parecido no Brasil. Dedicada a empresas com capital inferior a 1 bilhão de euros, a EnterNext já nasce com mais de 750 pequenas e médias empresas. Elas estão listadas na Euronext, baseada em Amsterdã, e na Alternext, outra plataforma da Nyse que reúne emissoras de pequeno porte.

A proposta da EnterNext é criar um modelo de listagem adaptado às necessidades das PMES. Além de atrair investidores e criar opções de financiamento alternativas, a bolsa pretende prestar serviços específicos, como o desenvolvimento da estratégia de marketing dessas empresas. Na época do anúncio, o presidente da Nyse Euronext, Dominique Cerutti, afirmou que a criação da EnterNext seguia apelos do presidente da França, François Hollande, pela oferta de novas fontes de financiamento às PMEs.

Continua após a publicidade

Leia mais:

Facebook quer ‘relacionamento sério’ com PMEs

Setor – O incentivo ao mercado de acesso vem sendo debatido com mais força no Brasil desde o ano passado. A BM&FBovespa detém o monopólio do setor de bolsas no Brasil e busca soluções para o setor juntamente com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a CVM.

O presidente da Bovespa, Edemir Pinto, apresentou neste mês ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, proposta que prevê isenção fiscal sobre o imposto de renda incidente em ganhos de capital do investidor nesse segmento (hoje a alíquota para pessoa física é de 15%). A Bolsa tenta fazer deslanchar o Bovespa Mais, segmento de acesso criado há oito anos que tem apenas quatro empresas listadas: Nutriplant, Desenvix, Senior Solution e Nortec Química.

Continua após a publicidade

(com Estadão Contéudo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.