Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Nokia vence caso “Perdi meu Amor na Balada” no Conar

Processo foi arquivado; viral mostrava jovem pedindo a ajuda para encontrar garota que conhecera em uma casa noturna de São Paulo

Por Cris Simon
13 set 2012, 19h37

logo da Exame.com
logo da Exame.com (VEJA)

A Nokia venceu a ação movida por consumidores no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) contra a campanha viral ‘Perdi meu Amor na Balada’, veiculada em mídias sociais como Facebook e YouTube e disseminada pela internet em julho deste ano.

O processo foi aberto após 10 pessoas recorrerem ao órgão questionando a possível violação de direitos dos consumidores, já que a ação não estava identificada desde o início como publicidade. O Conar iniciou uma investigação sobre o caso com base no artigo 9º do código de autorregulamentação publicitária, que diz que toda campanha publicitária deve ser ostensiva e necessariamente identificada como propaganda.

Também foi evocado o artigo 23º, que afirma que “os anúncios devem ser realizados de forma a não abusar da confiança do consumidor, não explorar sua falta de experiência ou de conhecimento e não se beneficiar de sua credulidade”.

Em sua defesa, a Nokia usou dois argumentos, de acordo com a assessoria de imprensa do Conar. Um deles foi de que a ação era de marketing viral, uma técnica de comunicação legítima e aceitável, e que os filmes foram criados especificamente para a internet, respeitando as características de comunicação direta com o consumidor que o meio permite.

Continua após a publicidade

A empresa afirmou ainda que os dois primeiros filmes da campanha foram teasers do terceiro, esse, sim, plenamente identificado como publicidade, e que não houve em hipótese alguma prejuízo aos consumidores. O objetivo dos dois primeiros vídeos, de acordo com a marca, seria então apenas o de gerar curiosidade e expectativa no público em relação ao terceiro.

O Conar aceitou as duas premissas e arquivou o caso nesta quinta-feira, por unanimidade de votos. Para chegar à decisão, o órgão levou em consideração que seu código aceita o princípio do uso do teaser – ou seja, gerar curiosidade – e que ele não precisa necessariamente trazer a identificação da marca anunciante.

Além disso, conforme a entidade, a ação foi, de fato, de marketing viral, sem que houvesse prejuízos para as pessoas expostas a ela – e o teaser, concebido para a internet como foi, estava sujeito a críticas e elogios. Procurada, a Nokia ainda não havia se posicionado sobre o caso até o momento de publicação.

O viral – ‘Perdi meu Amor na Balada’ começou a ser veiculado no Youtube no dia 10 de julho, com um vídeo em que o jovem Daniel Alcântara supostamente pedia a ajuda das pessoas para encontrar Fernanda, uma garota que conhecera em uma casa noturna de São Paulo.

A história, até então, não estava identificada como publicidade, e foi intensamente compartilhada em redes sociais por internautas que se comoveram com o apelo do rapaz. Uma semana depois, porém, a Nokia revelou que tratava-se de uma ação de marketing para divulgar seu modelo de smartphone 808 PureView.

Continua após a publicidade

Criada pela agência “Na Jaca”, a ação viral envolveu a produção de três vídeos que, juntos, superaram 1 milhão de visualizações em uma semana, segundo a Nokia. Houve também a criação da fan page oficial – agora já estampando o logo da Nokia -, anúncios no Facebook e cartazes colados em diferentes pontos de São Paulo com o retrato falado da personagem Fernanda.

A revelação dividiu opiniões. Enquanto alguns internautas elogiaram a ação, julgando-a audaciosa, outros não gostaram de ter compartilhado algo sem saber que se tratava se publicidade e acharam-se enganados pela marca, em uma frustração coletiva que se refletiu nas reclamações feitas ao Conar.

Veja o vídeo considerado ‘teaser’ pela Nokia

Veja o vídeo em que a Nokia revela a ação aos internautas

https://youtube.com/watch?v=YgcBtQdB1t8

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.