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No centro do mensalão, Banco Rural tem ratings rebaixados

Agência de avaliação de risco Moody's vê riscos elevados para a instituição financeira graças ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF)

Por Da Redação
21 set 2012, 16h15

A agência de classificação de risco Moodys rebaixou nesta sexta-feira os ratings de crédito do Banco Rural. Em comunicado à imprensa, a Moody’s destaca que vê “riscos elevados” para o banco mineiro em decorrência do julgamento do mensalão, que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF), e envolve o principal acionista e executivos do Rural. Além da imagem, o volume de negócios e o relacionamento com clientes podem ser afetados.

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Outro impacto no Rural pode ser na captação. A Moody’s ressalta que a instituição pode até ter maior dificuldade para captar recursos no mercado devido ao julgamento e às acusações. Tal situação poderia “fragilizar ainda mais a geração de receitas e o perfil de liquidez do banco”, diz a empresa.

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Novas notas – Com a revisão, a nota de depósito de longo prazo, na escala global em moedas local e estrangeira, caiu de “B1” para “B3”. Ao mesmo tempo, a Moody’s rebaixou os ratings de depósito na escala nacional brasileira para “B1.br” e “BR-4” de “Baa3.br” e “BR-3”, no longo e curto prazo, respectivamente.

O rating de força financeira de bancos, que está classificado em “E+”, não teve mudança, e segue no nível mais baixo da escala da Moodys. Pela metodologia da agência, bancos com este rating “apresentam força financeira intrínseca bastante modesta, com elevada probabilidade de que requeiram suporte externo periódico ou eventual assistência externa”.

Além disso, a Moody’s colocou os ratings do Rural em revisão para possível rebaixamento, informa o comunicado.

Capitalização – Nos últimos dez meses, o Rural recebeu várias injeções de capital, totalizando 158 milhões de reais, como forma de assegurar que o índice de capitalização permanecesse acima do nível mínimo requerido pelo Banco Central. “A capacidade interna de geração de receitas do Rural para reabastecer o capital tem sido limitada pelo alto custo de captação e por altos níveis de provisão para crédito de liquidação duvidosa, refletindo também o ambiente de negócios competitivo no segmento de crédito a pequenas e médias empresas, sua principal operação”, destaca o comunicado.

Nos últimos anos, o Rural foi deixando de operar com crédito consignado – mercado que passou a ser dominado por grandes bancos – e se focou no crédito a empresas médias.

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O Rural ainda não divulgou os resultados do segundo trimestre. No BC, o dado mais recente da instituição financeira é referente a maio. O banco mineiro fechou aquele mês com índice de Basileia de 11,8%, bem próximo ao mínimo exigido pelo BC (11%). A instituição tem prejuízo neste ano até maio de 17,8 milhões de reais e ativos totais de 6 bilhões de reais.

Em nota enviada à impresa na tarde desta sexta-feira, a instituição afirmou que não é parte do julgamento e que “Os desdobramentos contra os ex-dirigentes do Banco em nada afetam a continuidade da regular operação da instituição e de suas controladas. Também, todos os envolvidos não mais fazem parte do quadro de profissionais da instituição.”

O banco acrescentou que o rebaixamento não provocou anormalidades operacionais. Sobre a Moody’s, explicou: “as recentes manifestações da agência em questão, suas ações e notas de rebaixamento referentes ao mercado dos bancos pequenos e médios no Brasil expressam os problemas estruturais que afetam todo o segmento”.

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(com Agência Estado)

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