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Nextel muda estratégia para reverter perda de clientes no Brasil

Operadora ficou atrás das demais empresas que oferecem serviço de telefonia móvel no país ao demorar para oferecer as tecnologias 3G e 4G

Por Da Redação
9 set 2013, 10h58

Depois de terminar o segundo trimestre com queda de 8,3% no número de clientes em relação a 2012, a Nextel decidiu mudar sua estratégia de negócios no país. A empresa está revendo decisões que afetaram o atendimento aos clientes e levaram ao atraso tecnológico em relação à concorrência. O presidente da Nextel no Brasil, Gokul Hemmady, diz saber que o rádio não atrai mais clientela. A diferença, agora, está na oferta de dados.

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A internet é justamente o �calcanhar de aquiles� da Nextel, segundo fontes do mercado de telecomunicações. A empresa está muito atrasada em comparação à concorrência. Enquanto Vivo, TIM, Claro e Oi oferecem o serviço 3G há pelo menos quatro anos, a Nextel ainda engatinha no setor. No momento, enquanto a Nextel começa a expandir mais agressivamente a rede 3G, as outras operadoras já estão na tecnologia seguinte, o 4G.

O serviço de banda larga móvel da Nextel, por enquanto, está limitado a São Paulo, com previsão de ser estendido para o Rio de Janeiro até o fim do ano. No entanto, a oferta de aparelhos da empresa seguirá restrita até o início de 2014, quando os clientes da empresa poderão finalmente usar os aparelhos mais populares entre os usuários de maior poder aquisitivo, como o iPhone, da Apple, e a família Galaxy, da Samsung.

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Como a Apple e a Samsung não vão adaptar seus aparelhos à oferta de rádio, o acesso ao produto será feita por um aplicativo criado em conjunto com o Google, o Prip, que estará disponível apenas para os assinantes da Nextel.

A escassez de aparelhos representa uma contradição à intenção da companhia de atender, principalmente, a empresas e clientes pessoa física das classes A e B. Esse descompasso entre público-alvo e oferta fez a receita da Nextel com aparelhos despencar 40% no segundo trimestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado.

Erros – Tanto atraso em relação à concorrência é fruto de estratégias equivocadas. A possibilidade de a empresa entrar na era da banda larga móvel foi aberta em dezembro de 2010, mas só começa a virar realidade agora.

Segundo fontes de mercado, a NII – holding que controla a companhia – impôs à filial brasileira a terceirização do trabalho de expansão de rede e de tecnologia da informação à Nokia Siemens e à HP. �A decisão levou à queda na qualidade do serviço e a implantação da rede demorou bem mais que o esperado�, diz a fonte.

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Mudanças – Hemmady, que era diretor de operações da NII e assumiu a operação brasileira no fim do ano passado, afirma que boa parte dos erros do passado está sendo corrigida. A terceirização da rede, por exemplo, foi abortada. Ele afirma que a empresa já contratou 400 funcionários próprios para acelerar a expansão da rede 3G. �”A partir de agora, as ofertas serão um mix de voz e dados, mas o foco vai estar nos dados.�”

O executivo diz não estar preocupado com o fato de que a concorrência está um passo à frente no que diz respeito à tecnologia. �”Não acho que o consumidor esteja interessado se o serviço é 3G e 4G, mas sim na experiência de navegação”�, diz. O presidente da Nextel no Brasil afirma que 2013 será um ano de �estabilização� dos serviços, que deverá levar a uma melhora do resultado final de 2014.

(com Estadão Conteúdo)

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