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Negociações de Bali são decisivas para o futuro da OMC

Ministros dão início na terça-feira à rodada Doha, em Bali, na Indonésia; tentativa anterior de chegar ao encontro já com um acordo fracassou em Genebra

Por Da Redação
2 dez 2013, 14h23

Ministros reunidos no balneário indonésio de Bali de terça a sexta-feira vão decidir o destino da Organização Mundial do Comércio (OMC), com dois possíveis desdobramentos: um acordo mundial de comércio, o primeiro desde que a OMC foi criada, em 1995, ou o fracasso que resultará no fim das conversas da rodada Doha de comércio e mergulhará a OMC na obsolescência.

Os 159 membros da OMC intensificaram a crise, sobretudo pelo fato de não conseguirem finalizar o texto de um acordo em Genebra. O documento ficou cheio de lacunas, mesmo depois de uma maratona de conversas que o diretor-geral da entidade, o brasileiro Roberto Azevêdo, se viu obrigado a suspender na segunda-feira passada.

Azevêdo afirmou que o texto tinha de ser fechado em Genebra e não poderia haver negociações sobre aquele documento em Bali. Acredita-se que os ministros empenhados em ganhar pontos e em fazer declarações retóricas para atrair a atenção provavelmente não vão obter êxito nas questões em que as negociações falharam em Genebra.

“Eles vão ou não negociar em Bali? Alguns vão tentar, mas os obstinados vão resistir, a não ser que recebam ordem em contrário de seus chefes de governo”, disse o professor de Comércio Internacional Simon Evenett, da Universidade de St. Gallen, na Suíça. “Para que isso aconteça, um número suficiente de presidentes e primeiros-ministros terá de ser convencido a pegar o telefone e ligar para seus representantes e, considerando que há pouca coisa sobre a mesa, por que eles iriam se importar?”

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A OMC já reduziu significativamente suas metas desde o fracasso da Rodada Doha, no início da década, forçando a entidade a se concentrar em um conjunto de reformas bem menos ambicioso.

A agenda para o encontro de Bali já sofreu uma grande perda: conversas sobre livre comércio de mercadorias tecnológicas, nas quais se buscava um acordo na reunião de Bali, naufragaram no mês passado depois que a China insistiu em uma longa lista de exceções. Mas Azevêdo se recusou a abandonar o acordo e se empenhou em telefonemas para reduzir as diferenças bilaterais. “Os obstáculos remanescentes são muito poucos, bem definidos e sem dificuldade para uma solução se houver engajamento político e vontade política”, escreveu ele na página de opinião do Wall Street Journal, no domingo. “É isso o que estamos buscando com os ministros em Bali esta semana. Um resultado de sucesso ainda é possível.”

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Defensores dizem que o acordo seria sentido mundialmente, com o maior impacto para os países pobres, já que iria fixar padrões para o transporte de mercadorias através de fronteiras, fazendo com que as autoridades alfandegárias ajudem em vez de dificultar negócios.

Estimativas do valor para a economia mundial variam, chegando, na avaliação mais alta, a até 1 trilhão de dólares. Especialistas dizem que esse acordo seria bem mais importante do que a abolição de tarifas de importação globalmente, uma vez que a burocracia e normas pouco transparentes são um grande freio ao comércio.

(com agência Reuters)

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