Governo não deve prorrogar IPI de veículos, diz MDIC
Secretária de Desenvolvimento da Produção do ministério, Heloísa Guimarães Menezes, diz que não há medida que justifique uma postergação
Não há sinais do governo para a prorrogação da isenção e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos anunciada em março, cujo prazo termina em 31 de agosto. “O governo monitora esse setor, e não há qualquer medida que justifique a prorrogação”, disse nesta sexta-feira a secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloísa Guimarães Menezes, após uma reunião com representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.
De acordo com ela, o setor automotivo sinalizou que o principal problema que justificou a medida – os altos estoques nas montadoras – foi resolvido. A secretária evitou comentar sobre a prorrogação da redução do IPI para a linha branca e móveis, que deve ser anunciada nesta tarde pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em São Paulo. “Só Mantega pode ou não dizer sobre isso.”
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Heloísa afirmou ainda que o governo seguirá com o programa de compras governamentais conforme divulgado nesta semana e que injetará 8,4 bilhões de reais na economia. “As compras governamentais são iniciativas de maior impacto no Produto Interno Bruto (PIB)”.
Ela negou que o governo tenha priorizado essas iniciativas em detrimento de ações para o incentivo ao consumo como forma de crescimento do PIB. Segundo a secretária, as duas iniciativas são complementares, acrescentando que o governo não trabalha com conceito de pacotes, mas com um conjunto de medidas de incentivo à economia.
Energia – A secretária afirmou que o governo segue avaliando outras medidas de fomento ao crescimento econômico como a redução do custo da energia para a indústria. “Para uns, (o custo da energia) é questão de vida ou morte. Para outros, é um diferenciador de competitividade e até mesmo um ponto fundamental para a decisão de investimentos”, disse, sem precisar quando as possíveis medidas serão anunciadas. Questionada se as medidas de redução de energia serão via desoneração fiscal, como outras anteriores, a secretária respondeu: “Pode ser desoneração também”.
TJLP – Heloísa citou ainda a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para 5,5%, que entra em vigor em julho, como mais uma medida de estímulo e recordou que outras iniciativas de baixa de juros já haviam sido tomadas por outros setores públicos, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no âmbito do programa de sustentação de investimento (PSI).
(Com Agência Estado)