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Não há aeroporto com obras atrasadas no Brasil, diz SAC

Ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, afirma que todos os aeroportos públicos e com participação privada estarão prontos até 2013

Por Ana Clara Costa
25 jun 2012, 15h33

O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, demonstrou um estranho otimismo em relação às obras de infraestrutura que estão em andamento nos aeroportos brasileiros para expandir sua capacidade. Em evento para empresários na tarde desta segunda-feira, ele afirmou que o processo de expansão do sistema aeroviário está totalmente dentro do cronograma. “Não há obras em atraso”, disse o ministro, quando questionado se os aeroportos estariam, de fato, prontos para a Copa de 2014.

Segundo Bittencourt, não há nenhuma obra que desperte a atenção do Palácio do Planalto pelo não cumprimento dos prazos estabelecidos. O ministro garante que todas as obras estarão concluídas no final de 2013, seis meses antes do Mundial de Futebol.

Outra visão – O otimismo do ministro contrasta com as previsões de mercado. Até o ano passado, entidades como o Sindicato Nacional da Empresas Aeroviárias (SNEA) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) previam que o país daria um verdadeiro vexame aeroportuário durante a Copa.

No tocante às privatizações dos maiores aeroportos do país (Guarulhos, Viracopos e Brasília), a licitação só ocorreu em fevereiro e a assinatura dos contratos foi realizada apenas neste mês. A expectativa do mercado é que os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte, estejam na lista da SAC para serem concedidos à iniciativa privada. Porém, segundo o ministro, ainda não há perspectivas para uma nova licitação e tampouco os nomes dos aeroportos a serem concedidos.

Aeroportos privados – O ministro afirmou que há conversas entre a SAC e grupos privados para a construção de novos aeroportos no país dentro do plano de longo prazo elaborado pelo órgão. Questionado sobre a possibilidade de construção do Novo Aeroporto de São Paulo (Nasp), na cidade de Caieiras, para desafogar o fluxo da Grande São Paulo, Bittencourt negou. “Existe uma incompatibilidade do Nasp com outros aeroportos de São Paulo. Há uma avaliação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) que mostra que a inclusão de um aeroporto naquela região subtrairia a capacidade do setor. Portanto, seria um investimento que não daria retorno”, afirmou o ministro.

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Bittencourt acredita que a expansão da oferta na região se dará, sobretudo, por meio da construção de novos terminais e novas pistas. “Há a possibilidade de exploração de outras áreas, mas não na Grande São Paulo”, afirmou.

Outra opção que tem sido ventilada recentemente é a exploração da aviação geral (voos particulares) por aeroportos privados. Desta forma, o fluxo de voos privados sairia dos grandes aeroportos, abrindo mais espaço para a aviação comercial. “Já recebemos várias empresas interessadas nesse tipo de exploração e ela é viável. Mas ainda estamos estudando”, disse o ministro.

Aviação regional – O ministro também afirmou que a SAC pretende expandir de 129 para 200 o número de aeroportos que recebem voos regulares de companhias aéreas no país. Eles atendem, atualmente, 79% da população brasileira (em raio de distância), mas o objetivo é chegar a 94% até 2014.

Segundo Bittencourt, o governo tem por meta triplicar a capacidade dos aeroportos brasileiros até 2030. Segundo ele, as melhorias nas operações dos terminais já existentes, com o avanço nas operações aeroportuárias, podem ajudar não só no aumento da capacidade, mas também na redução de tarifas. O objetivo da SAC é que haja uma queda de até 21%. “As concessões têm a lógica de estimular a concorrência”, destacou.

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