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Não dá para começar o ano como a Grécia, diz Levy sobre orçamento de 2016

Ministro fez menção ao país europeu para pedir mais agilidade do Congresso na votação das medidas do ajuste fiscal

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 out 2015, 16h15

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira que “seria muito arriscado” iniciar 2016 “sem ter decidido as fontes de recursos para financiar as despesas do governo”. Depois, chegou a citar o caso da Grécia, que registrou déficit de mais de 12% produto interno bruto (PIB) em 2013.

“Se chegar no próximo ano tipo uma Grécia… Se não tiver clareza que vai ter um superávit primário, eu acho que este é um indicador que inibe o investimento. Não é só decisão do empresário, é decisão de cada um de nós. Para as pessoas poderem realizar e correr atrás dos seus sonhos”, afirmou. “Mas para isso é preciso tomar medidas necessárias. Não adianta protelar”, completou o ministro, referindo-se à lentidão com que a agenda fiscal tem sido conduzida no Congresso.

Levy participou de evento da revista britânica The Economist, em São Paulo. Ele confirmou que haverá déficit das contas públicas em 2015 (de cerca de 1% do PIB, segundo o ministro) e defendeu mais uma vez que o país deve conseguir um superávit primário em 2016. Em agosto, o governo encaminhou a peça orçamentária do próximo ano com previsão de déficit de 30,5 bilhões de reais. Nos bastidores, Levy foi contrário à decisão, que alguns dias depois culminou com a perda do status de bom pagador na avaliação da agência de classificação de risco Standard & Poor’s.

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O ministro também destacou necessidade de agir rápido, pois a economia brasileira “não tem muito tempo”, apesar de considerar que ela está mostrando uma “enorme resiliência” no enfrentamento da crise. O governo tem tentado convencer o Congresso a aprovar com celeridade o pacote fiscal, que entre outros itens inclui a recriação de impostos, como a CPMF.

Se o quadro fiscal for ajustado, o Brasil voltará a crescer novamente, disse o ministro. “Se der um boom no quadro fiscal, volta a demanda e volta a confiança”, afirmou. “O sol irá raiar no horizonte do Brasil se nós tivermos essa coragem de dar uma sacudida geral na nossa economia.”

Indagado sobre a disposição dos parlamentares em colaborar com o governo diante da crise política, Levy foi evasivo. “Acho que alguns entendem mais. Outros entendem menos”, disse. Ele também criticou a forma como os parlamentares descaracterizaram o projeto de repatriação de recursos remetidos ao exterior, uma das maiores apostas do governo para alavancar as receitas neste ano. “Agora ele está virando uma coisa muito diferente. Estão focando até em perdoar doleiro. Não é o objetivo do projeto”, disse.

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