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Mulheres aumentam participação no mercado de trabalho

Participação feminina entre trabalhadores assalariados ultrapassa a masculina pela primeira vez, mostra IBGE. Mas elas continuam recebendo salário menor

Por Pollyane Lima e Silva
28 Maio 2014, 10h22

As brasileiras conquistam, progressivamente, mais espaço e importância no mercado de trabalho no setor privado. Apesar de ainda estarem atrás dos homens em salário, as mulheres já os superam em trabalhadores assalariados. É a primeira vez que a participação relativa entre o pessoal ocupado é maior entre elas, de acordo com o Cadastro Central de Empresas (Cempre), estudo que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga nesta quarta-feira. De 2011 a 2012, a contribuição das mulheres foi de 58,5% (619.800 pessoas), enquanto a dos homens representou 41,5% (438.900). Em números gerais, os trabalhadores do sexo masculino continuam sendo maioria, 57,3% ante 42,7%. Considerando o mesmo intervalo de um ano, o pessoal ocupado assalariado cresceu 2,3%, graças ao índice das trabalhadoras, que chegou a 3,2% – o deles ficou em 1,7%.

Nas empresas, a participação do pessoal ocupado assalariado masculino foi superior, mas essa diferença vem caindo com o passar dos anos: em 2009, eles representavam 64,5%, e em 2012, eram 62,8%. A administração pública é que possuía maior presença de mulheres. No mesmo período, a participação do pessoal assalariado feminino aumentou de 58,3% para 58,9%. Nas entidades sem fins lucrativos elas também eram maioria em 2012: 54,6%. Em termos salariais, porém, elas continuam em desvantagem. Em 2012, os homens receberam, em média, 2.126,67 reais, e as mulheres, 1.697,30 reais – o que representa uma diferença de 25,3%. “As mulheres receberam o equivalente a 79,8% dos salários dos homens”, destaca a pesquisa. Contudo, o aumento real concedido a elas (2,4%) foi levemente maior do que o deles (2%).

Por nível de escolaridade, cresceram tanto o pessoal ocupado assalariado que tinha nível superior (6%, passando para 17,7%) quanto o que não tinha (1,6%, totalizando 82,3%). A comparação é de 2012 com o ano anterior, mas o estudo destaca que, “nos últimos quatro anos, a participação relativa dos assalariados com nível superior também tem sido crescente”. Mais anos de estudos se convertem em maiores salários. Quem tinha concluído a graduação em 2012 recebeu, em média, 4.405,55 reais, 215% acima de quem não completou o nível superior, e teve de se contentar com um salário de 1.398,74 reais. Na comparação com o ano anterior, os salários médios apresentaram um aumento real de 2,1%.

Negócios – O Cempre continha 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2012. Elas ocuparam 53,4 milhões de pessoas, 46,2 milhões (86,6%) delas como pessoal ocupado assalariado e 7,1 milhões (13,4%) na condição de sócio ou proprietário. Empresas representavam 89,9% das organizações e 76,3% do pessoal ocupado total. Entidades sem fins lucrativos eram 9,7% das companhias e absorveram 6,5% dos trabalhadores. Administração pública era 0,4% total, com 17,2% da ocupação. O salário médio mensal foi de 1.943,16 reais, equivalente a 3,1 salários mínimos. Na comparação com 2011, o pessoal ocupado total (sócios, proprietários e pessoal ocupado assalariado) cresceu 2,3%, o total de remunerações avançou 7,1% e o salário médio mensal aumentou 2,1%.

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