MP perde validade, mas Mantega diz que reajuste da tabela do IR está assegurado

Medida provisória expirou porque não foi votada até a última sexta-feira

Por Da Redação
2 set 2014, 14h40

Mantega, entretanto, não deixou claro como governo fará para aprovar reajuste do IR no Congresso (Clayton de Souza/Estadão Conteúdo)

Ao ser questionado sobre o fim da validade da Medida Provisória (MP) 644, que determinava o reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR) em 4,5% a partir de 2015, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a revisão das alíquotas está garantida. A MP havia sido enviada ao Congresso em maio, em meio às comemorações do Dia do Trabalho, mas não foi votada a tempo no plenário e expirou na última sexta-feira, dia 29 de agosto.

“Vamos resolver isso com nova lei. Não vamos ficar sem essa revisão da tabela”, disse o ministro a jornalistas. Mantega, porém, não falou sobre como o governo fará para aprovar a medida no Congresso. Atualmente estão isentos do recolhimento do IR os trabalhadores que recebem até 1.787,77 reais por mês. Com o reajuste, a isenção deve passar para 1.868,22 reais.

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Gasolina – Também nesta terça-feira, Mantega voltou a falar que haverá aumento do preço do combustível, “como todo ano”. “Este ano não deve ser diferente. Ano passado tivemos dois aumentos de gasolina. Não há uma regra fixa, mas todo ano pode haver um ou dois aumentos de gasolina”, declarou o ministro da Fazenda.

Ele aproveitou a ocasião para dizer que o aumento do lucro e da receita das grandes empresas listadas em bolsas brasileiras no primeiro semestre sinaliza que a economia não está parada. “A economia não está parada. Teve problemas passageiros no primeiro semestre, mas, no segundo semestre vamos em direção a uma gradual melhoria”.

O ministro afirmou ainda que o crescimento de 0,7% da produção industrial em julho ante junho, após cinco meses consecutivos de queda, mostra que a economia avançará no terceiro trimestre. O Brasil entrou em recessão técnica, depois de registrar contração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro e no segundo trimestre.

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(Com agência Reuters)