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Minoritários podem fazer Petrobras reajustar combustível, diz Bloomberg

Ministro Edison Lobão teria cedido à pressão por reajuste na última segunda-feira, de acordo com reportagem da agência

Por Da Redação
18 out 2013, 16h09

Os acionistas minoritários da Petrobras estão prestes a assegurar sua primeira vitória depois de ganharem mais espaço no conselho da estatal em abril. Segundo reportagem publicada no site da Bloomberg, meses de lobby dos investidores, liderados pela Aberdeen Asset Management Plc, levaram o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a assegurar na última segunda-feira que o governo deixaria a companhia subir os preços da gasolina, depois que os subsídios ao combustível causaram 6,77 bilhões de reais em perdas líquidas no primeiro semestre nas refinarias.

A disputa na sala do conselho da Petrobras surgiu em meio à relutância do governo em autorizar a subida de preços devido a preocupações de que isso impulsione a inflação. Para os minoritários, o reajuste se tornou pleito primordial, sobretudo depois do lucro da empresa cair de 36% em 2012, para 21,1 bilhões de reais, o menor patamar desde 2004. Uma alta de 5% na gasolina e no diesel poderia aumentar em 1% na receita líquida e em 10% o lucro da Petrobras em 2014, segundo estimativa do JP Morgan.

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O aumento da defasagem significa que a Petrobras está pagando mais caro pelo combustível e não está repassando essa alta dos custos ao consumidor. A estatal tem feito importações volumosas para acompanhar o crescimento do mercado interno, mesmo com suas refinarias operando a pleno vapor. “Foi criado um buraco no caixa da empresa. Ela é obrigada a se endividar cada vez mais para cumprir as metas de investimento e bancar a defasagem de preços, já que o governo não vai permitir novo aumento no preço da gasolina devido ao avanço da inflação”, afirma o especialista do setor de óleo e gás Adriano Pires.

Os preços dos combustíveis no mercado norte-americano flutuam de acordo com as cotações do petróleo, o que não acontece no Brasil, uma vez que são controlados pelo governo, acionista majoritário da Petrobras. Com isso, variações decorrentes de conjunturas macroeconômicas desfavoráveis ou desequilíbrios entre oferta e demanda acabam sendo financiados pela própria estatal.

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