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Ministra não descarta demissão de presidente do IBGE

No comando da pasta ao qual o órgão está vinculado, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, classificou o erro como grave e disse que o governo está 'chocado'

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 set 2014, 22h54

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta sexta-feira que o governo está chocado com o erro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos cálculos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Como o IBGE é subordinado ao Planejamento, a ministra foi instada a responder se o caso pode resultar a demissão da presidente do IBGE, Wasmália Bivar. Belchior não descartou a demissão, mas ponderou que o governo ainda está tentando entender o episódio e que vai aguardar o resultado de uma sindicância para tomar decisões administrativas. “O governo está chocado com esse erro cometido pelo IBGE. Como disse a presidente do IBGE, é um erro gravíssimo. O governo decidiu duas coisas: constituir uma comissão de especialistas para avaliar a consistência da Pnad e criar uma sindicância para encontrar as razões dos erros e, eventualmente, as responsabilidades funcionais”, afirmou.

O Ministério do Planejamento foi comunicado na manhã desta sexta de que a pesquisa poderia conter um erro, mas só obteve os novos dados no fim do dia. Representantes da pasta vão se reunir para avaliar o levantamento correto e devem prestar novos esclarecimentos na manhã deste sábado. “Infelizmente um procedimento básico de checagem não funcionou na Pnad. Eu lamento que isso tenha acontecido. Isso prejudica uma pesquisa muito importante para o desenvolvimento de políticas públicas e para avaliar os avanços que o Brasil tem vivido nos últimos anos”, afirmou a ministra do Planejamento. Ela evitou vincular o caso às reivindicações por direitos trabalhistas e ajuste salarial. Neste ano, o órgão passou por uma crise institucional, com seus servidores em greve por mais de dois meses. “É uma coisa muito simples, que eu acredito que não depende de recurso orçamentário ou de pessoa.”

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Sobre o impacto que o erro do órgão pode ter na disputa eleitoral, Miriam tentou minimizar o assunto. “Em um momento eleitoral, qualquer coisa é usada politicamente”, disse. “O IBGE, alertado do erro, fez rapidamente uma correção. Acho que esse é o compromisso que o órgão tem: minimizar o impacto negativo desse erro tão grande.”, acrescentou.

Histórico de erros – O erro divulgado nesta sexta-feira pelo não é o primeiro cometido pelo Instituto este ano. Em abril, a Pnad Contínua, também divulgada pelo instituto e criada para substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), foi suspensa por ter revelado uma taxa de desemprego superior à que era mostrada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Mais precisa, a Pnad coleta dados em mais de mil municípios. Já a PME avalia apenas seis regiões metropolitanas. À época, a suspensão da pesquisa criou uma crise institucional no Instituto, que culminou na ameaça de debandada de seus técnicos, que acusavam o governo de ingerência. À crise se seguiu a uma greve terminada apenas em agosto. Com isso, desde o mês de abril o país não conhece sua taxa de desemprego.

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