Ministério descarta socorro financeiro, mas promete apoio à Oi
Empresa encerrou 2015 com dívida bruta de 54,9 bilhões de reais e está tentando reestruturar os débitos
O Ministério das Comunicações acompanha com atenção o agravamento da situação financeira da operadora Oi, segundo Francisco José Pontes Ibiapina, secretário-executivo da pasta. O secretário descartou, no entanto, socorro financeiro à empresa, que encerrou 2015 com uma dívida bruta de 54,9 bilhões de reais.
“A Oi tem o nosso acompanhamento, até por dever de ofício”, disse Ibiapina. “Temos conhecimento de que a Oi está buscando a reestruturação de sua dívida, um movimento que foi iniciado de uma maneira mais forte a partir da desistência da incorporação com a TIM, com a questão do aporte de recursos do banco russo, que houve uma frustração nesse sentido”, lembrou o secretário.
Ibiapina afirmou que suporte federal deve ocorrer com o apoio às iniciativas da companhia. Segundo o secretário do ministério, o governo federal tem a obrigação de garantir a permanência do serviço prestado pela operadora, por tratar-se de uma concessão pública. “É um serviço de concessão pública, dado pelo governo, e nós temos que, além de acompanhar, apoiar naquilo que for possível para que esse serviço seja mantido”, declarou.
Questionado sobre o tipo de ajuda possível do governo à companhia, Ibiapina negou que possa haver incentivo financeiro. “É uma companhia privada, o governo acompanha e adotará as medidas que estão ao seu alcance para ajudar nesse processo: o acompanhamento da Oi, o apoio em alguma negociação que ele tenha, mas nada que o governo tenha que despender para a companhia privada”, disse ele.
Leia também:
Fim do sinal analógico pode deixar 15 milhões de lares sem TV
(Com Estadão Conteúdo)