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Microcrédito custará R$ 843 mi ao Tesouro até 2013

Impacto para os cofres públicos será de 50 milhões de reais neste ano, 310 milhões de reais ao final de 2012, 483 milhões de reais em 2013

Por Da Redação
24 ago 2011, 16h25

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira que o custo da equalização das taxas de juros, pelo Tesouro Nacional, do novo programa de microcrédito (Crescer) do governo federal será de 50 milhões de reais neste ano, 310 milhões de reais em 2012, e de 483 milhões de reais em 2013 – num total de 843 milhões de reais. As taxas de juros cobradas das microempresas e dos empreendedores individuais serão de 8% ao ano, segundo Mantega. Ele lembrou que hoje estão em torno de 4% a 5% ao mês. “Cairão para 8% ao ano, tornando o crédito atraente para este segmento”, afirmou o ministro, em discurso em solenidade no Palácio do Planalto.

Mantega disse que as metas do governo preveem que 2,24 milhões de clientes serão atendidos por esta linha de crédito, nos bancos públicos, em 2012. O número salta para 3,46 milhões de clientes em 2013. O ministro destacou que o programa do microcrédito permitirá sair de uma carteira de 654,55 milhões de reais em 2011 para 2,99 bilhões de reais em 2013. Para 2012, o governo estima uma carteira de microcrédito nos bancos públicos de 1,73 bilhão de reais. “Estamos dando um passo decisivo para a democratização do crédito no Brasil”, afirmou Mantega.

O ministro disse que o programa terá as menores taxas de juros do mercado. Segundo ele, o objetivo é elevar o padrão de vida da população e a geração de emprego no país. “Vamos dar oportunidade de novos negócios e estimular o empreendedorismo. Esse programa pode dar a porta de saída dos programas do Brasil sem Miséria”, afirmou.

Mantega disse que o Brasil sempre foi um país com escassez de crédito para atividades econômicas. Porém, nos últimos anos, disse ele, o governo expandiu o financiamento, passando de 420 milhões de reais, em 2003, para 1,850 trilhão de reais em julho de 2011. Mantega também destacou o processo de bancarização que ocorreu no Brasil nos últimos anos, dando acesso à população de baixa renda. Segundo ele, 84 milhões de pessoas tinham acesso aos bancos em 2005, número que passou para 118 milhões, agora. “São famílias de baixa renda”, disse.

Transformação – A expansão do microcrédito anunciada nesta quarta-feira pelo governo transformará linhas de financiamento ao consumo em linhas de crédito produtivo, avaliou Mantega. “Há uma mudança qualitativa”, acrescentou. Segundo ele, a maior demanda pelos recursos da modalidade será para o capital de giro dos pequenos empreendimentos. “Se tiver crédito disponível, o empreendedor poderá aumentar e consolidar o seu negócio”, afirmou.

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O ministro destacou que, além do atendimento e do acompanhamento diferenciado, os tomadores do microcrédito não precisarão apresentar garantias. “Porque sabemos que, com toda essa burocracia, o crédito não sai”, completou. Ele disse esperar que os bancos privados também passem a oferecer linhas da modalidade, que inicialmente será operada apenas por bancos públicos.

Segundo Mantega, a exigibilidade de que 2% dos depósitos à vista sejam direcionados ao microcrédito corresponde hoje a um volume de 3,15 bilhões de reais. Mas o ministro ressaltou que esse porcentual poderá ser aumentado no futuro, caso todos os recursos sejam tomados.

(com Agência Estado)

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