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México quer rever acordo automotivo com Brasil

Presidente eleito do país informou a Dilma que pretende ampliar relação comercial das nações

Por Da Redação
21 set 2012, 09h28

Menos de seis meses depois que Brasil e México, após duras negociações, adotaram cotas de comércio de automóveis sem o pagamento de imposto, o presidente eleito, Enrique Peña Nieto, informou nesta quinta-feira à presidente Dilma Rousseff que deseja modificar mais uma vez o tratado para “ampliar a relação comercial”. Nieto, que toma posse em dezembro, indicou que deseja uma “relação de livre mercado”, mas o governo brasileiro resiste.

“Acredito que a melhor forma de poder dar uma solução melhor ao tema é gerando mais incentivos, sobretudo para esse mercado, essa relação de livre mercado, buscando maior equilíbrio à balança comercial”, afirmou o presidente eleito, após encontro com Dilma. “Melhor que limitar os fluxos, é ampliar a relação comercial entre México e Brasil. Essa deve ser a visão futura.”

O acordo automotivo se justifica pela sensibilidade da indústria automotiva, que gera milhares de empregos na cadeia de suprimentos, autopeças, reparos e assim por diante. Mas, no início deste ano, Dilma informou ao antecessor de Nieto, Felipe Calderón, que desejava restringir o comércio de carros isentos de imposto por causa do aumento na importação de carros “made in Mexico”.

A estratégia vai além do mero protecionismo praticado pelo governo Dilma, porque o Brasil precisava criar condições para o novo regime do setor automotivo que entra em vigor em janeiro do ano que vem e tem como principal premissa o investimento em pesquisa e engenharia no País, além de uso de autopeças nacionais. Pesou nos cálculos do governo brasileiro a presença de montadoras asiáticas no México, que poderiam usar o país como plataforma de exportação para o Brasil.

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No dia 30 de março, o governo brasileiro publicou uma nova versão do acordo, com cotas de exportação de automóveis até janeiro de 2015. Além disso, ficou acertado que o México aumentaria o índice de peças locais nos carros que produz até 2016. A questão das fábricas mexicanas é tão sensível, que setores do governo dos Estados Unidos e do Canadá também resistiram a abrir seus mercados no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Nesse caso, no entanto, prevaleceu o fluxo comercial sem impostos, apesar da crescente importação de carros produzidos no México.

(Com Agência Estado)

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