México quer acabar com privilégios do Brasil em comércio de automóveis
Segundo jornal, autoridades do Brasil e do México se reunirão ainda este mês para discutir a renovação das cotas
O México quer por fim ao acordo firmado em 2012 que limita as exportações de veículos ao mercado brasileiro. Segundo notícia do jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, autoridades de ambos os países devem se reunir ainda em fevereiro para discutir o acordo de cotas, que vence em 18 de março. O regime estabelece limites financeiros para a indústria automotiva mexicana vender para o Brasil, acima de um determinado valor, os exportadores daquele país precisam pagar impostos mais altos.
A primeira reunião, ainda não confirmada oficialmente, está prevista para esta sexta-feira em Brasília. Os ministros Armando Monteiro, do Desenvolvimento, Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Joaquim Levy, da Fazenda, já tiveram um encontro com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para alinhar a posição brasileira.
Em entrevista ao jornal, o subsecretário de comércio exterior do México, Francisco de Rosenzweig, disse que seu país quer a volta do livre comércio da área.
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Os representantes brasileiros acreditam que o fim das cotas prejudicaria a balança comercial do país, mas Rosenzweig alega que as condições de mercado e fluxos de comércio entre eles estão muito mais estabilizados hoje.
Em 2012, no comércio entre os dois países, o segmento de automóveis ficou deficitário em 2,19 bilhões de dólares – ou seja, o México exportou muito mais que o Brasil. Em 2013, esse déficit recuou para 1,52 bilhão de dólares e, em 2014, a 1,34 bilhão de dólares.
No ano passado, o México pode exportar até 1,64 bilhão de dólares em veículos ao Brasil sem a cobrança de Imposto de Importação.
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