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Mesmo sem IOF, US$ 1,5 bi deixou o país na semana passada

Montante equivale ao saldo líquido do fluxo cambial. Medidas do BC para conter saída da divisa não adiantaram

Por Da Redação
19 jun 2013, 17h59

Com o incômodo da alta do dólar, o Banco Central (BC) zerou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para algumas operações na tentativa de atrair mais divisas para o país. Contudo, os esforços não foram suficientes para conter a enxurarda de divisas que saíram no país na semana passada. De acordo com dados do BC divulgados nesta quarta-feira, o fluxo cambial líquido amargou mais um resultado negativo. Isso significa que o resultado entre a entrada e saída de dólares do país ficou 1,512 bilhão de dólares no vermelho. Com isso, a tendência vista na primeira semana de junho, de superávit (mais entradas do que saídas) foi revertida.

Os investidores estrangeiros estão receosos com a deterioração do cenário externo e ainda reagiram à expectativa de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reduzisse seu programa de compra de ativos nesta quarta-feira. Essa mudança de postura do Fed implicaria em transferência maciça de recursos investidos em países emergentes em direção aos EUA, onde os investimentos são considerados mais seguros. Contudo, a autoridade monetária anunciou que manterá a política de compra de títulos, mas reiterou perspectivas de reduzi-la no médio prazo.

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Segundo o BC, o fluxo cambial foi puxado pelo desempenho negativo de 1,112 bilhão de dólares da conta financeira, por onde passam os investimentos estrangeiros em portfólio, diretos, entre outros. A conta comercial, onde são registrados o movimento da divisa com importação e exportação, teve déficit de 400 milhões de dólares entre os dias 10 e 14.

Na primeira semana do mês, o saldo da conta financeira havia ficado positivo em 1,145 bilhão de dólares e a comercial em 299 milhões de dólares, levando o fluxo total ao superávit de 1,444 bilhão de dólares. Com o resultado da semana passada, o fluxo cambial do acumulado de junho acabou ficando negativo em 69 milhões de dólares, de acordo com o BC.

Neste mês, o dólar tem sido negociado no país com forte volatilidade, imprimindo ritmo de alta frente ao real e chegando cada vez mais próximo do patamar de 2,19 reais, mesmo com atuações do próprio BC para segurar o movimento.

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Além de agir via leilões de swap cambial, para conter a escalada da moeda americana, o BC também zerou as alíquotas de IOF para investimentos estrangeiros em operações de renda fixa, há duas semanas, e de derivativos, na semana passada.

Leia também: Standard & Poor’s rebaixa perspectiva de rating do Brasil

Rafael Bistafa, economista da Rosenberg & Associados, destaca que a saída foi moderada, muito influenciada pela volatilidade da semana, mas que ela ainda não configura um quadro permanente de fuga de capital. “Houve uma piora da percepção interna, mas é o cenário internacional que tem mais peso”, disse.

Sobre o cenário interno, o analista lembrou que o mercado foi impactado pela decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s de colocar o rating do Brasil com perspectiva negativa, citando o baixo crescimento econômico e a deterioração da situação fiscal do país.

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(Com Estadão Conteúdo)

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