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‘Não vamos romper com a TelexFree’, diz diretor do Botafogo

Diretor do clube carioca afirma que empresa acusada de prática de pirâmide financeira realizou todos os pagamentos combinados e, por isso, não tem motivo para retirar a marca da parceira

Por Naiara Infante Bertão
11 Maio 2014, 20h02

As investigações sobre a TelexFree estão correndo rapidamente nos Estados Unidos e a empresa já foi apontada pela Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula o mercado financeiro do país, como um típico caso de pirâmide financeira. Seus bens foram bloqueados pela Justiça do estado americano de Massachussetts e o diretor financeiro da empresa, Joseph Craft, foi pego tentando fugir com inúmeros cheques no valor de 38 milhões de dólares destinados aos donos da TelexFree nos EUA, James Merrill e Carlos Wanzeler.

No Brasil, a TelexFree USA está presente em todas as rodadas do Campeonato Brasileiro de futebol. Desde janeiro, a empresa é patrocinadora do time carioca Botafogo, que no sábado goleou o Criciúma por 6 a 0 pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O acordo foi acertado quando os problemas com investidores já estavam sob investigação. De lá até maio, as evidências sobre esquemas fraudulentos da TelexFree aumentaram, principalmente com ações efetivas da Justiça americana sobre o negócio. Apesar de toda controvérsia, o diretor-executivo do clube, Sérgio Landau, afirmou ao site de VEJA que vai manter o contrato com a Telexfree USA. “Não estamos avaliando isso (o rompimento do contrato feito com a matriz americana) neste momento, mas, certamente, nosso jurídico vai avaliar tudo. Eles cumpriram o que foi prometido na assinatura do contrato, pagaram rigorosamente o patrocínio, inclusive à vista. Por isso vamos continuar, em contrapartida, cumprindo o combinado – estampar a marca”, disse ele, que acrescentou que até agora o clube “não teve nenhum problema com a empresa”. Ele disse ainda que não recebeu, até agora, nenhuma reclamação dos outros patrocinadores sobre a imagem negativa que as investigações possa passar.

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Nessa sexta-feira, James Merrill, de 53 anos, sócio do brasileiro Carlos Wanzeler na TelexFree, foi preso em Worcester, no Estado americano de Massachusetts. O brasileiro é considerado foragido pela Justiça americana. Se condenados, eles podem pegar até 20 anos de prisão. Acatando um pedido da SEC, a Justiça do estado americano de Nevada encaminhou o pedido de recuperação judicial da TelexFree para Massachusetts, onde a empresa está sendo formalmente investigada. Segundo a agência, a TelexFree chegou a levantar 1 bilhão de dólares com divulgadores em todo o mundo, em especial brasileiros.

A filial brasileira – Ympactus Comercial Ltda. – está sob investigação desde o ano passado por prática de pirâmide no Brasil, com os bens bloqueados e impedida de funcionar por uma decisão da Justiça do Acre. Ela foi recentemente condenada pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon/MJ) a pagar uma multa de 5,590 milhões de reais por operar “esquema financeiro piramidal”, que é crime contra a economia popular no Brasil.

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