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Mesmo com estouro da meta, governo prevê inflação ‘estável em nível bem confortável’

A despeito das afirmações do Ministério da Fazenda, impacto dos reajustes das tarifas de energia pode manter IPCA em patamar alto no próximo mês

Por Da Redação
8 jul 2014, 12h34

Apesar de a inflação ter batido em junho o teto da meta oficial do governo em 12 meses, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, quis transparecer confiança de que não haverá sobressaltos em 2014. “Acreditamos que o IPCA vai ficar dentro da meta”, disse Holland. Escalado pelo Ministro Guido Mantega, que está de férias, para comentar o resultado da inflação de junho, em que o indicador em 12 meses ficou a 6,52%, ele considerou como “muito importante” a desaceleração da inflação mensal por três meses consecutivos e previu estabilidade para o índice nos próximos meses. “Temos a inflação este ano mantendo-se estável nos próximos meses em níveis bem confortáveis, dando estabilidade de preços para a economia e a inflação atingindo a meta anunciada”, afirmou. Já o IBGE acredita que a inflação acumulada em 12 meses pode se afastar ainda mais do teto da meta do governo em julho, caso a taxa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) venha acima de 0,03%, resultado registrado em julho do ano passado.

Apesar de julho ser um mês em que, historicamente, a inflação fica próxima de 0%, a tranquilidade de Holland não coincide com as perspectivas de aumento de preços de tarifas de energia, por exemplo, que deverão afetar o IPCA. Em julho, é esperado o impacto de parte do reajuste de 23% na energia elétrica em Porto Alegre, em vigor desde 19 de junho. “Curitiba também pode ser que tenha. Foi anunciado um reajuste de mais de 30% na energia elétrica, mas suspenderam, e está em discussão. Pode ser que ainda aconteça”, alertou a coordenadora do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, nesta terça-feira. Há ainda o reajuste de 18% nos preços da energia em São Paulo. Segundo Eulina, a região metropolitana responde por um terço do IPCA.

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Ainda no território de serviços monitorados, espera-se um reajuste médio de 6% nas tarifas de água e esgoto de uma das companhias que servem Porto Alegre, a partir de 1º de julho. Fortaleza também tem reajuste de água e esgoto, de 7,30%, a partir de 6 de julho. Há, ainda tem um ajuste residual do aumento de água e esgoto em Salvador, de 7,8%, anunciada em 6 de junho.

Outras pressões vindas dos reajustes de preços esperados para este mês, como o aumento de 5,29% no pedágio a partir de 1º de julho em São Paulo. Já o ônibus interestadual ficará, em média, 5% mais caro em 1º de julho em todas as regiões. Também em todo o país, os correios reajustaram vários serviços, em torno de 6,5% a 7,5%, desde 12 de junho.

Questionado sobre a discrepância entre suas previsões e a realidade, o secretário afirmou que outros itens poderão equalizar os reajustes na conta de luz. “Temos componentes variados da inflação este ano cedendo, como produtos agrícolas, industriais”, afirmou. Segundo ele, o governo acredita na estabilidade dos preços de bens duráveis e semiduráveis, o que vai garantir a melhora da confiança do consumidor na aquisição desses produtos nos próximos meses.

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