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Mesmo com déficit histórico, secretário do Tesouro diz não acreditar em rebaixamento

Mesmo diante do pior resultado fiscal da história, Marcelo Saintive afirmou, em coletiva à imprensa, que o governo acredita ser possível manter o investment grade

Por Da Redação
30 jul 2015, 19h13

Após apresentar o pior resultado fiscal da história para os primeiros seis meses do ano, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, não se incomodou em afirmar, nesta quinta-feira, que o governo ainda acredita que o Brasil possa manter o investiment grade. Mesmo após a redução da perspectiva de estável para negativa pela agência Standard & Poor’s (S&P). “Não trabalhamos com redução da nossa avaliação pelas agências de rating”, afirmou. Como justificativa, o secretário ressaltou que o governo continua falando com as agências de classificação de risco. “Temos falado para as agências que o esforço fiscal permanece”, ponderou.

Para Saintive, o déficit primário do governo central em junho, que mostra o forte aumento das despesas e a queda da arrecadação, “não significa que o governo não vai atingir a meta fiscal”. O déficit para junho foi de 8,2 bilhões de reais e, no acumulado do ano, está e 1,6 bilhão de reais.

O secretário disse ainda que o resultado fiscal em junho não é um sinal de que o governo esteja relaxando. Saintive culpou o mau desempenho das receitas e disse que o governo continua cortando gastos. “Hoje mesmo estamos soltando o decreto de programação financeira, que faz corte nas despesas”, afirmou. “Existe rigidez nos gastos públicos, mas despesa vêm se mantendo constante.”

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Ele lembrou do resultado registrado nos últimos 12 meses, que é de déficit de 38,6 bilhões de reais, e disse que esse é o motivo das mudanças feitas recentemente pelo governo. Na semana passada, o governo anunciou uma redução da meta de superávit do governo central de 55,2 bilhões para 5,8 bilhões de reais neste ano. “O quadro é bem claro. Existe questão de nível de atividade e ciclo econômico que tem afetado arrecadação”, avaliou.

Para Saintive, a queda em tributos têm correlação com o nível da atividade econômica. Ele ressaltou que o governo vem cortando despesas, mas tem gastos em atraso para quitar, como a dívida do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) que não foi paga em anos anteriores. “Só neste ano, pagamos 4,7 bilhões do PSI”, afirmou. Ele chamou a atenção ainda para o crescimento nas despesas da Previdência.

Expectativas – De acordo com Saintive, o resultado fiscal em junho não foi o esperado pelo governo. Por outro lado, Saintive acredita que as despesas do governo estão controladas e estão sendo seguidas “à risca”. O secretário afirmou que as despesas discricionárias foram reduzidas em 4,4% ante o mesmo período do ano passado. Para Saintive, o governo está “seguindo a programação financeira e está procurando dar previsibilidade”. Ele pareceu otimista ao afirmar que a estratégia do governo para os gastos está adequada e que as estratégias para despesa estão funcionando.

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(Com Estadão Conteúdo)

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