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Mercado prevê ‘pibinho’ no terceiro trimestre

Depois da recuperação do segundo trimestre, quando a economia cresceu 1,5%, analistas aguardam contração do PIB de julho a setembro; serviços e indústria devem prejudicar resultado

Por Da Redação
3 dez 2013, 06h04

A economia brasileira tem grandes chances de apresentar desempenho negativo no terceiro trimestre deste ano. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do período será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira e as expectativas de mais de 40 economistas consultados pela Reuters e pela Agência Estado apontam para uma contração média de 0,2%. Segundo o índice IBC-Br, medido pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB, a economia brasileira recuou 0,12%.

As expectativas para o dado que será apresentado durante a manhã apontam para uma desaceleração importante da oferta, no setor de serviços, enquanto a demanda será penalizada pelo desempenho ruim do consumo privado. Trata-se de um cenário oposto ao visto no ano passado, quando o baixo crescimento era uma preocupação essencialmente com a indústria, devido à baixa competitividade e altos custos da mão de obra. Em 2013, apesar de o setor industrial ainda patinar e funcionar como um potente inibidor da expansão econômica, o impacto mais nocivo do terceiro trimestre deverá vir do setor de serviços.

O câmbio, que sofreu forte desvalorização no período, também deve impactar o resultado do trimestre não só pelo encarecimento dos insumos, mas também pelo reflexo nos preços do varejo. Já a Selic, a taxa básica de juros, avançou 2,5 pontos porcentuais de maio até agora e seus efeitos de redução do ritmo econômico já devem começar a ser percebidos no resultado divulgado nesta terça.

O ministro Guido Mantega ressaltou, em evento na segunda-feira, o crescimento de 2,5% que o PIB deverá mostrar na comparação anual. Mantega se absteve de comentar que o resultado deve vir negativo na conta trimestre ante trimestre imediatamente anterior. Muitos encararam a projeção contundente do ministro para o PIB como uma antecipação do número desta terça – fato que a Fazenda não confirma.

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Também no time dos otimistas, a presidente Dilma Rousseff exaltou o desempenho econômico em entrevista ao jornal El País na semana passada, dando ênfase especial à revisão do PIB de 2012 prevista para ser anunciada também nesta terça. A presidente afirmou, como se já estivesse com os dados em mãos, que o PIB do ano passado será revisto de 0,9% para 1,5%. Ocorre que o IBGE decidiu incluir na conta de 2012 a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pela primeira vez em agosto deste ano. E como o setor de serviços tem um peso de 60% na economia, tal revisão poderá transformar o pibinho de 2012 em um número mais razoável.

A questão é que, por melhores que sejam as intenções do Palácio do Planalto, o mercado desconfia de qualquer investida do governo brasileiro para tentar melhorar seus indicadores. Na tarde de segunda-feira, a chefe no Brasil da agência de classificação de risco Standard & Poor`s, Regina Nunes, afirmou que a confiança do investidor não vai ser restaurada com a mudança de cálculo. “O Brasil conta talvez com a menor credibilidade do investidor global. Isso não é culpa do investidor, mas sim da falta de transparência. As discussões do passado num momento não muito bom geram um sentimento ruim”, disse.

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