Mercado piora previsão para o PIB de 2016 pela décima terceira vez consecutiva

Analistas ouvidos pelo Banco Central, no boletim Focus, passaram a ver retração econômica de 3,80% este ano e alta de 0,20% no ano que vem

Por Da Redação
18 abr 2016, 09h04

Em 2015, o PIB brasileiro teve um tombo de 3,8%, o maior em 25 anos, segundo o IBGE (Germano Luders/VEJA)

Economistas ouvidos pelo Banco Central (BC), no boletim Focus, pioraram, novamente, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB), tanto para 2016 quanto para 2017. Para este ano, a expectativa é de uma contração de 3,80%, contra uma retração de 3,77% estimada na semana anterior. Foi a décima terceira piora consecutiva do indicador. Para o ano que vem, a estimativa também piorou, ficando em 0,20%.

Em 2015, o PIB brasileiro teve um tombo de 3,8%, o maior em 25 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se o resultado for negativo este ano, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia, considerando a série histórica oficial, do IBGE, com início em 1948.

Já para a inflação, o mercado reduziu a estimativa pela quarta vez seguida neste ano, ao cair de 7,14% para 7,08%. Apesar do recuo, o número ainda está acima do teto de 6,5% da meta do governo e bem distante do objetivo central de 4,5%. Para 2017, a projeção do mercado é de 5,93%, um pouco abaixo do teto do regime de metas para o ano que vem.

O alívio na previsão de inflação do mercado para este ano começou após a divulgação do IPCA de fevereiro, que desacelerou para 0,9%, contra 1,27% no mês anterior.

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Para os juros, o mercado reduziu a estimativa da taxa Selic para o fim deste ano para 13,38% contra 13,75% da última semana. Já para o fim de 2017, a estimativa para a taxa de juros foi mantida em 12,25% ao ano.

No caso do dólar, a projeção para o câmbio no fim de 2016 passou de 4 reais para 3,80 reais. Para o fechamento de 2017, a previsão também foi reduzida, passando de 4,10 reais para os atuais 4 reais.

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(Da redação)