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Mercado financeiro tem dia caótico após anúncio do Fed

Bolsas despencaram na Ásia e na Europa. Nos Estados Unidos, principais índices perdem mais de 2%. No Brasil, dólar dispara e bolsa recua abaixo dos 46 mil pontos

Por Da Redação
20 jun 2013, 16h30

O mercado financeiro encerrou essa quinta-feira em meio ao caos, após o aguardado anúncio do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de que manterá a política de estímulos em 2013, mas poderá revisá-la em 2014. Outra informação que pesou de forma significativa foi a desaceleração da indústria chinesa, mostrada pelo recuo do índice de gerentes de compras do setor industrial (PMI, na sigla em inglês) preliminar, medido pelo HSBC. O número ficou em 48,3, em comparação com a leitura final de 49,2, em maio. Qualquer pontuação abaixo de 50 indica uma contração na indústria.

Como resultado, os mercados asiáticos terminaram o dia em queda, assim como a Europa. Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operavam em queda desde o início do pregão – e, às 16 horas (horário de Brasília), os três despencavam mais de 2%. As bolsas americanas fecharam ao pior nível do ano, com perdas de mais de 2% nos principais indicadores. O Dow Jones caiu 2,33%, a 352,11 pontos, o Nasdaq, 2,28%, a 3.364,63 pontos, e o S&P 500 sofreu queda de 2,5%, a 40,74 pontos, com todos os seus setores fechando em forte queda e 94% das ações da bolsa de Nova York recuando. Ela não registrava perdas tão grandes desde novembro de 2011, quando o presidente Barack Obama foi reeleito.

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No Brasil, a bolsa de valores de São Paulo também respondeu de maneira negativa ao anúncio. O índice Ibovespa fechou em queda de 3,4% na quarta-feira e, nesta quinta, cai mais de 2%. Já o dólar disparou mais de 2% e era cotado a 2,25 reais às 16 horas.

O movimento de venda maciça de ativos ao redor do mundo ocorre há diversas semanas, sobretudo nos países emergentes, desde que o jornal Financial Times afirmou que o programa de compra de ativos do Federal Reserve poderia acabar. Chamada de “afrouxamento quantitativo”, a medida foi implantada em 2011 e previa a injeção de 85 bilhões de dólares mensais no mercado financeiro, por meio da recompra de títulos públicos, por um período de quatro anos.

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A redução de tais estímulos teve impacto direto nos juros pagos pelos títulos da dívida do Tesouro americano, fazendo com que o mercado migrasse rapidamente para aplicações em tais títulos. Os emergentes foram os mais atingidos porque seu mercado de capitais está mais exposto ao dinheiro externo.

O mercado de títulos públicos foi duramente afetado por esse movimento. O prêmio de risco pago aos investidores de títulos de longo prazo (10 anos) de países desenvolvidos e emergentes avançou de maneira expressiva nos últimos dias. Na Alemanha, por exemplo, houve aumento de 9 pontos base, para 1,25% ao ano. Na França, a alta foi de 12 pontos base, a 2,22% ao ano.

Nos emergentes, os títulos russos avançaram 46 pontos base, a 4,6%, enquanto os brasileiros subiram 14 pontos base, a 4,11%.

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O desempenho dos juros dos títulos brasileiros fez, inclusive, com que o Tesouro Nacional anunciasse um programa de recompra de títulos para tentar deter o avanço dos juros. A subida repentina significa que o governo brasileiro terá de pagar retornos maiores aos investidores para manter a rolagem de sua dívida de longo prazo.

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