Mercado espera corte de 0,5 ponto percentual na Selic
Economistas ouvidos pelo BC nesta semana também aumentaram a projeção para inflação e reduziram a do PIB em 2012
Na próxima semana o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) vai definir se mantém ou altera a taxa de juros do país, a Selic, que está hoje em 8% ao ano. Os economistas ouvidos pelo BC na semana acreditam que a Selic vai cair ainda mais, como aponta o relatório Focus desta segunda-feira.
A previsão para a Selic é de corte de 0,5 ponto percentual nesta reunião do Copom e de mais 0,25 ponto percentual até o fim do ano, de modo que a taxa fique em 7,25% em 31 de dezembro. Essas são as mesmas previsões da semana passada. Contudo, a expectativa para a Selic em 2013 mudou: agora os analistas acreditam que ela terminará em 8,25% no fim do ano que vem, contra 8,38% da previsão anterior e 8,50% há um mês. A ata da última reunião do Copom já havia indicado que novos cortes virão, porém, com “parcimônia“.
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Preços e economia – Os analistas consultados também voltaram a elevar a previsão para a inflação em 2012, para 5,19% ante 5,15% na semana anterior – essa é a sétima semana consecutiva de revisão para cima. Para 2013, a expectativa é do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na casa de 5,5%, mesma da semana anterior.
Já para a economia, os analistas ouvidos pelo BC rebaixaram um pouco mais suas apostas ao passar a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,75% para 1,73% para o fim do ano – quarta revisão para baixo. Para eles a expectativa sobre o PIB em 2013 se mantém em 4%.
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Um dos principais motores econômicos – a produção industrial – também ganhou nova revisão, passando de -1,20% na semana anterior para 1,55% nesta semana. Há um mês a previsão era de -0,44%. Nesta semana o governo decidirá se renovará ou não a redução do Imposto sobre Produtos Importados (IPI) para automóveis.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados sobre o PIB do segundo trimestre. Sua prévia, o IBC-Br, teve em maio retração de 0,02% na comparação com abril.
(Com Agência Reuters)