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Mercado aposta que BC subirá juros para 10,25% nesta 4ª

Em vista das preocupações com a inflação, economistas acreditam que Copom elevará em 0,25 ponto porcentual a Selic na 1ª reunião do ano

Por Da Redação
15 jan 2014, 09h14

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia na noite desta quarta-feira os rumos da taxa básica de juros do país, a Selic. E a expectativa do mercado financeiro é de que o colegiado, reunido desde terça-feira, opte por elevar os juros em 0,25 ponto porcentual. Dessa forma, a Selic passaria dos atuais 10% ao ano para 10,25% ao ano. Esta projeção está expressa na pesquisa semanal Focus, realizada pelo próprio BC. Outra pesquisa, da agência Reuters, divulgada na segunda-feira, mostrou também que 29 de 44 economistas consultados esperam que o BC eleve a Selic em 0,25 ponto porcentual nesta noite. A expectativa reflete preocupação com a inflação galopante. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2013 a 5,91% e a expectativa é de que seja ainda maior neste ano – economistas apostam em 6%.

A Selic fechou 2013 em dois dígitos, a 10%, maior nível desde janeiro de 2012. Na ata da reunião em que optou por elevar os juros a esse patamar, o Copom disse que “entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso”, abrindo espaço para elevações futuras da taxa básica de juros. A autoridade monetária lembrou, no documento, que a inflação ficou mais controlada no fim do ano passado, mas é persistente. Além de ter ficado acima do centro da meta em 2013, a expectativa é de que o mesmo ocorra em 2014 e no terceiro trimestre de 2015. O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou o centro da meta de inflação em 4,5%.

Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação, acelerou para 0,92% em outubro, a maior alta mensal desde abril de 2003, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a inflação encerrou 2013 com alta de 5,91%, pressionado pelo preço dos alimentos, e maior do que a inflação do ano anterior, de 5,84%.

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Economistas ouvidos recentemente pelo site de VEJA mostraram sua preocupação com o índice de preços brasileiro em 2014 e alertam que o governo precisa controlar os estímulos ao consumo, diminuir gastos e melhorar seu quadro fiscal. Para o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, a inflação será a grande preocupação deste ano na economia. O ponto positivo, em sua opinião, é que as chuvas podem ajudar a diminuir o preço de energia elétrica, assim como a expectativa de menor preço de alimentos.

A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, explicou que o ritmo de arrefecimento dos preços ainda é muito lento. “O recuo ainda é muito modesto, embora a tendência dos preços livres seja de continuar a trajetória de desaceleração”, afirma.

Já a economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria Integrada, também lembrou que o ano começa em um patamar de inflação alto e que existe pouco espaço para a acomodação de choques. “Se o ano tiver qualquer choque de câmbio ou de alimentos, há risco de a inflação ficar muito próxima do teto ou passar do teto.”

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Os economistas ouvidos para o Focus acreditam que a taxa Selic feche 2014 a 10,50% ao ano.

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