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Meirelles: Superávit primário em 2017 seria previsão ‘irrealista’

Governo vai anunciar a meta fiscal para o ano que vem na próxima semana; declaração do ministro reforça a expectativa de que o país terá novo déficit

Por Da Redação
29 jun 2016, 11h53

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que dificilmente a meta fiscal para 2017, que será anunciada pelo governo na próxima semana, trará uma previsão de superávit. “Uma virada tão forte, depois de um déficit de 170 bilhões de reais (em 2016), seria muito irrealista”, disse.

Meirelles não quis antecipar qual será a meta para o próximo ano. “O número a ser divulgado será realista, sério, levando em conta não só o teto das despesas, mas uma visão realista das receitas”, declarou.

O ministro ressaltou que, ao mesmo tempo que estabelece a meta, o governo já está apresentando as medidas para reverter o quadro atual, como a delimitação de um limite para despesas públicas. “O teto dos gastos permitirá que o Brasil volte a ter saldos primários suficientes para pagar juros e amortizar a dívida”, disse. “Se isso tudo acontecer, a expectativa é que o juro real da economia passe a cair.”

Meirelles afirmou ainda que a meta de inflação para 2018 será anunciada nesta quinta-feira, após a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Após críticas de que o governo teria superestimado a meta fiscal deste ano, que pode chegar a um déficit de 170,5 bilhões de reais, Meirelles, afirmou que a meta de 2016 pressupõe negociações duras para que não seja ultrapassada.

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“É uma visão realista, porém dura. Pressupõe negociações duras e difíceis para que fique só nisso e também um trabalho grande de arrecadação. Aperfeiçoar normas para aumentar ao máximo a arrecadação”, disse. As afirmações foram feitas no 6º Seminário Internacional de Direito Administrativo e Administração Pública, realizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

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Segundo ele, há pressão para que todos os problemas do país sejam atacados ao mesmo tempo. O foco, agora, é a questão fiscal. “Na economia, na saúde, como na guerra e na política, é preciso focar no que é mais importante”, afirmou.

Recessão – O ministro da Fazenda afirmou que a situação fiscal do País e dos Estados é muito difícil, com pouco espaço para investimentos. Sem a implementação de medidas, Meirelles disse que esta poderia ser a maior recessão do país desde que o Produto Interno Bruto (PIB) começou a ser medido, em 1902.

Para ele, a causa principal do problema é a queda da confiança que veio da questão fiscal. No seminário, o ministro lembrou que a despesa pública vem crescendo mais que a receita, o que faz a dívida pública crescer.

Meirelles explicou que a dinâmica gera um ciclo negativo, já que o aumento da dívida gera desconfiança e eleva os juros. “Temos que reverter este quadro”, disse. “A primeira coisa a fazer é dizer a verdade, ser realista. A verdade ilumina”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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