Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mantega pede ao Senado que mudança no indexador da dívida seja adiada

Durante encontro com senadores, o ministro da Fazenda fez apelo para o momento de austeridade fiscal

Por Da Redação
5 fev 2014, 20h41

O governo escalou o ministro da Fazenda nesta quarta-feira para convencer o Senado Federal a adiar a votação do projeto que altera o indexador da dívida dos Estados e municípios, num momento de tensão para acomodar a base aliada na reforma ministerial e com os governadores preocupados com o caixa em ano eleitoral.

O ministro Guido Mantega alegou que o momento requer prudência diante da turbulência nos mercados emergentes, e que mesmo que a mudança não venha gerar despesa adicional no curto prazo, pode trazer dúvidas no futuro. “Estamos fazendo esforço para que situação fiscal continue sólida no país”, afirmou Mantega, após encontro com senadores no Congresso nesta quarta-feira.

O projeto de lei, que está na pauta do Senado, altera o índice usado na correção das dívidas de Estados e municípios com a União, estabelecendo que os passivos passem a ser corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa de juros nominal de 4% ou pela Selic, o que for menor. Atualmente, essas dívidas são corrigidas pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais juros que variam entre 6% a 9%.

Leia também:

Mantega: governo vai trabalhar contra mudança no indexador da dívida

Continua após a publicidade

Superávit primário é o pior em 12 anos: 1,9% do PIB

Mantega confirma que Tesouro poderá dar auxílio ‘extra’ ao setor elétrico

“É um ano de austeridade fiscal em que tanto a União quanto Estados e municípios têm que cumprir suas metas primárias e manter a dívida pública em declínio”, acrescentou o ministro. Após o encontro com Mantega, os senadores disseram que o projeto continua na pauta do Senado, mas não pode ser votado porque possui emendas que precisam ser analisadas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Uma apreciação da proposta nesta quarta-feira só seria possível ser fosse apresentado e aprovado requerimento de retirada das emendas.

“O Congresso não pode pagar para ver. Se há tensões na economia mundial por que não deixar essa decisão para daqui a um ou dois meses?”, argumentou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Continua após a publicidade

Já o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), continua defendendo a votação imediata do tema como forma de aliviar o caixa dos Estados e municípios. “Essa indecisão do governo sobre a própria natureza do seu projeto é o que gera essa expectativa. Na minha opinião deveria ser votado imediatamente até para que quaisquer boatos fossem dirimidos”, disse Genro.

Essa discussão vem à tona num momento delicado, que exige perícia do governo por extrapolar o balanço das forças entre governistas e oposição no Senado. Além dos interesses diretos dos governadores, que estão com o caixa baixo em ano de eleições, há ainda a tensão política com os partidos da base aliada, principalmente o PMDB, por conta das negociações da reforma ministerial.

(com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.