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Mantega ironiza cobrança de bancos sobre dívida

Ministro diz que sua expectativa é que o sistema bancário viesse à Brasília trazer 300 milhões de reais, em vez de pedir essa quantia ao governo

Por Da Redação
10 abr 2012, 14h38

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reagiu nesta terça-feira com ironia à demanda da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) que espera receber do governo 300 milhões de reais em taxas não pagas pela Receita Federal. Mais cedo, em reunião com o secretário-executivo do ministério, Nelson Barbosa, o presidente da entidade, Murilo Portugal, discutiu, entre outros temas, a dívida da Receita com as instituições financeiras. “Eu pensei que eles viessem trazer os 300 milhões de reais”, brincou Mantega, ao chegar à sede do Ministério.

O valor da dívida é resultado de tarifas que o Fisco deveria ter pago aos bancos pelo serviço de recolhimento de tributos. De acordo com Portugal, o governo vai elaborar um cronograma de pagamento dessa dívida, que se refere aos tributos recolhidos em 2010 e que ainda não foram pagos pela Receita.

A Febraban também negocia com o governo mudanças no sistema de recolhimento de tributos para baratear esse serviço. Hoje as tarifas variam de 0,40 centavos, no débito automático, até 1,39 real, para o pagamento do tributo na boca do caixa. A proposta é ampliar a possibilidade de recolhimento por débito automático.

Spread bancário – Nesta tarde, o assunto em pauta no Ministério da Fazenda é o interesse do Planalto de reduzir o spread bancário – diferença entre o custo de captação e a taxa de empréstimo. Líderes do governo, inclusive a própria presidente Dilma Rousseff, têm reclamado dos elevados juros cobrados dos clientes finais pelos bancos num momento em que a economia doméstica perde dinamismo. Como o Banco Central tem reduzido os juros básicos – a taxa (Selic) deve atingir 9% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) -, o governo entende que é a vez dos bancos darem sua contribuição.

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Dilma e sua equipe já começaram a usar as instituições financeiras públicas como instrumento de pressão. Depois do Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal anunciou que irá reduzir as taxas de juros cobradas dos clientes nas operações de crédito. Assim, a Caixa passou a reforçar a política do Planalto de pressionar o sistema financeiro. O tema do spread será tratado com Dyogo Henrique de Oliveira, Secretário-Executivo Adjunto do Ministério.

(Com Agência Estado)

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