Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mantega confirma indicação de Graça Foster à presidência da Petrobras

Proposta de substituição será encaminhada ao conselho de administração da estatal no próximo dia 9

Por Da Redação
23 jan 2012, 11h06

A Petrobras divulgou comunicado informando que o presidente do conselho de administração da estatal, Guido Mantega, encaminhará como proposta a ser apreciada na próxima reunião, em 9 de fevereiro, a indicação da atual diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Silva Foster, para presidir a empresa. Dentro da Petrobras, a executiva é chamada de Graça.

A notícia de que o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, deixaria o cargo em fevereiro foi divulgada na noite do último sábado. A informação havia sido publicada pelo deputado Paulo Teixeira (SP), que é líder do PT na Câmara, em seu perfil na rede de microblogs Twitter. De acordo com uma fonte ligada ao PT, a demissão de Gabrielli já estava “programada” e não causou surpresa.

Segundo informações da Reuters, Gabrielli pode não ser o único executivo a deixar a diretoria da estatal. Uma fonte do governo federal afirmou que a presidente Dilma também estuda a substituição dos diretores financeiro, Almir Barbassa, e de Exploração e Produção, Guilherme Estrella. Segundo a fonte, as mudanças na diretoria estariam restritas a esses postos.

Leia mais:

José Sergio Gabrielli, um presidente fora de lugar

Continua após a publicidade

Ao gosto de Dilma – A notícia é uma vitória de Dilma Rousseff. Conforme noticiado pela coluna Radar de VEJA, a presidente vinha articulando a saída do executivo da companhia, mas esbarrava no ex-presidente Lula (padrinho de Gabrielli). Graça Foster, por sua vez, é próxima à presidente, tanto que seu nome chegou a ser cogitado para assumir um ministério ou o próprio comando da Petrobras quando Dilma tomou posse no cargo, no início do ano passado.

A informação da troca de comando na Petrobras também circulou na televisão na noite de sábado. O canal Globo News veiculou a notícia de que o presidente da Petrobras teria aceitado renunciar ao cargo.

Surpresa – De acordo com a agência de notícias Reuters, a informação pegou de surpresa autoridades do governo e executivos da própria Petrobras, que disseram não ter informações sobre o assunto. Na última reunião ordinária do conselho da estatal, que ocorreu nesta sexta-feira, o assuntou não constava na pauta, disse uma fonte da Petrobras. “Para que ocorra uma mudança no comando da empresa é preciso uma decisão do conselho, o que ainda não aconteceu. Então, será necessário convocar uma reunião extraordinária”, disse a fonte.

Outra fonte, desta vez do governo, confirmou à Reuters que Graça Foster esteve na sexta-feira no Palácio do Planalto, mas acrescentou que não tinha conhecimento da decisão. Outro interlocutor que acompanha de perto os bastidores da Petrobras disse que a saída de Gabrielli era tida apenas como uma questão de tempo. A notícia de que a decisão já teria sido tomada e que a troca na presidência ocorreria em fevereiro surpreendeu, entretanto, essa fonte.

Continua após a publicidade

Integrantes do governo e também da estatal confirmaram que, nos últimos dias, com a proximidade da reforma ministerial, os boatos sobre a saída de Gabrielli ganharam força.

Aspirações políticas – Gabrielli deverá deixar o cargo em fevereiro para seguir carreira política na Bahia. Integrantes do partido avaliam que a decisão de Gabrielli de deixar a estatal é fruto da pressão da presidente Dilma Rousseff e do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que convenceu o executivo a trocar a estatal pela política. “Jaques estava insistindo para que ele disputasse o governo estadual em 2014”, disse um petista, sob condição de anonimato.

Até as eleições, Gabrielli deverá ocupar uma secretaria do governo baiano, provavelmente da área econômica. A carreira política do presidente da Petrobras, no entanto, não será fácil. Ele terá de enfrentar pretensões políticas de outros petistas – entre eles, o senador Walter Pinheiro (PT-BA), também cotado para disputar o governo da Bahia em 2014. “Não há consenso sobre o nome de Gabrielli e isso não será tranquilo de se resolver”, garante um petista.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.