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Mantega admite que crescimento da economia foi baixo

Ministro, porém, destaca que PIB está melhorando quando comparado com o primeiro trimestre, mas diz que desempenho da indústria deve continuar ruim

Por Da Redação
31 ago 2012, 12h49

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta sexta-feira que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2012 foi muito fraco, mas reiterou que os números apontam para o prenúncio de resultados melhores. “Os números estão no retrovisor, ficam para trás”, disse comentando os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A economia brasileira expandiu-se 0,4% entre abril e junho, ante alta de apenas 0,1% no primeiro trimestre, dado revisado.

Mantega ressaltou que o Brasil passou pela pior fase – primeiro trimestre de 2012 – e a economia conseguirá crescer mais nos próximos trimestres. “O terceiro e quarto trimestres serão melhores”, destaca. Ele afirmou que a crise internacional puxou para baixo o crescimento dos países emergentes que dependem de exportações, levando a queda no comércio exterior.

Previsão – O ministro disse ainda que o governo segue trabalhando para que o país cresça mais do que no ano passado. Ele comentou que o quarto trimestre deste ano a economia brasileira vai crescer 4%. Ele salientou que as projeções de crescimento consideram condições normais e, portanto, não levam em conta possíveis crises econômicas.

O ministro avaliou ainda que o maior problema da economia brasileira atualmente é de demanda, e não de oferta, a qual, segundo ele, não terá dificuldade para acompanhar um crescimento de PIB entre 4% e 4,5% ao ano. Para ele, o momento é de redução de juros e não elevação. Ele acredita que não há necessidade de uma retomada da elevação da taxa de juro básico no ano que vem, porque, segundo ele, o governo tem tomado medidas para a redução de preços e custos, o que vai assegurar que a inflação permaneça sob controle. Ainda segundo o ministro, independentemente da Selic, a taxa de juro cobrada pelo mercado vai continuar caindo. “Temos tomado cuidado para que a inflação fique sob controle”, disse.

Indústria – Ele lembrou que o desempenho da indústria no segundo trimestre foi o pior no período, mas citou as mudanças feitas recentemente na economia, como a redução da taxa básica de juros para 7,5% ao ano, anunciada na quarta-feira, que exigirão uma adaptação “porque a economia toda estava adaptada a trabalhar com juros altos”. Em sua opinião a performance da indústria ainda está ruim porque as exportações seguem baixas e há concorrência com as importações. Para ele, com o novo patamar do câmbio, as vendas externas devem crescer e trazer um melhor desempenho para a indústria.

Apesar de ser beneficiada pela queda de juros, Mantega fala que é possível que a indústria ainda apresenta prejuízo porque as empresas ainda estão usando o caixa para fazer aplicações. “É um efeito paradoxal, mas depois a economia se adaptará.”

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Mantega diz que as várias medidas de incentivo tomadas pelo governo para o setor ainda não se concretizaram. “Os investimentos demoram mais para reagir, mas o governo toma medidas que tornam vantajoso investir no Brasil.” Na quinta-feira o governo decidiu prorrogar o desconto no Imposto sobre Produtos Importados (IPI) de carros, linha branca e ampliou o escopo de benefícios.

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Agricultura – O ministro da Fazenda comemorou os resultados do agronegócio. Ele disse que a agricultura seguirá crescendo no terceiro trimestre por causa da safra boa no Brasil e da queda da safra nos Estados Unidos. A recuperação da indústria, avalia, também acontecerá devido a estímulos setoriais, como a redução do IPI, por exemplo, que surtirão efeito no período.

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Ele prevê que a indústria automotiva seguirá beneficiada pela queda dos impostos e pelas vendas recordes, em torno de 400 mil veículos leves em agosto.”É um segmento importante da indústria, juntamente com a linha branca e com os materiais de construção, cujos estímulos farão efeito e vão levar para uma trajetória melhor.”

Leia ainda: “Brasil vai crescer menos do que os EUA”, diz Forbes

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(Com Agência Estado)

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