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Manifestação contra cortes na Grécia termina em conflito

Mais de 10 mil gregos voltaram às ruas protestar contra as medidas de austeridade

Por Da Redação
7 nov 2012, 17h43

A polícia grega usou gás lacrimogêneo e jatos de água contra manifestantes que atiravam bombas incendiárias dentro do Parlamento, na quarta-feira, em uma das maiores manifestações dos últimos meses contra as medidas de austeridade que deverão ser implementadas no país.

Os parlamentares se preparavam para votar impopulares gastos orçamentários e reformas trabalhistas, enquanto no lado de fora um protesto com cerca de 100 mil participantes terminou em confronto entre alguns manifestantes e a tropa de choque da polícia. Fumaça e pequenos incêndios eram vistos numa rua próxima.

Dentro do Parlamento, a situação também era caótica. A sessão chegou a ser interrompida por causa de uma greve de funcionários parlamentares contra um artigo que previa a redução dos seus salários. Em um humilhante recuo, o governo precisou revogar essa cláusula para que a sessão prosseguisse.

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“Briguem! Eles estão bebendo nosso sangue”, gritavam os manifestantes, que lotavam a praça Syntagma e ruas próximas. Grandes bandeiras da Itália, Portugal e Espanha – outros países europeus acuados pela crise financeira – eram agitadas em sinal de solidariedade.

As medidas de austeridades são uma exigência dos credores internacionais para liberar uma nova parcela do pacote destinado a impedir uma moratória da dívida externa grega.

Os cortes orçamentários em discussão no Parlamento estão acompanhados por medidas que facilitam a contratação e demissão de empregados. O partido Esquerda Democrática, que participa da coalizão de governo, se recusou a apoiar essa reforma, dizendo que ela reduziria ainda mais os já desgastados direitos trabalhistas. Vários parlamentares de outro partido da coalizão, o socialista Pasok, também se recusaram a votar.

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Apesar disso, o partido conservador Nova Democracia, do premiê Costas Samaras, e o restante da bancada do Pasok devem ser suficientes para garantir a aprovação.

No segundo dia da greve geral contra as medidas, transportes, escolas, bancos e órgãos públicos não funcionaram. “Essas medidas estão nos matando pouco a pouco, e os parlamentares não estão nem aí”, disse Maria Aliferopoulou, 52 anos, mãe de dois filhos, que vive com cerca de mil euros por mês. “Eles são ricos, têm tudo, e nós não temos nada e estamos lutando por migalhas, pela sobrevivência.”

(Com Reuters)

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