HSBC cresce 1% e vê retorno no Brasil como “inaceitável”
Presidente executivo do banco se queixou das operações no Brasil, México, Estados Unidos e Turquia
O banco britânico HSBC, o maior da Europa, teve lucro líquido de 5,26 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2015, o que representa um avanço de apenas 1% ante o mesmo período do ano passado, quando somou 5,21 bilhões de dólares. A instituição passa por um momento de dificuldades financeiras devido ao envolvimento em escândalos, como o SwissLeaks, mas conseguiu crescer amparado no aumento das suas operações comerciais e no desempenho das filiais do Reino Unido e de Hong Kong.
Em um processo de reformulação por causa dos maus resultados financeiros, a instituição planeja vender seus ativos em países onde os negócios não estão vingando. Nesta terça-feira, o chefe executivo do banco, Stuart Gulliver, afirmou que as filiais dos Estados Unidos, México, Turquia e Brasil tem apresentado retornos “inaceitáveis”, segundo reportagem do jornal americano Wall Street Journal. Não é a primeira vez que o executivo se queixa do mercado dos quatro países. Em março, chegou a dizer a investidores que poderia tomar “soluções mais extremas” para resolver a questão.
O Bradesco e o Santander já se mostraram interessados em comprar a unidade brasileira, avaliada em cerca de 5 bilhões de dólares. O objetivo do HSBC é acertar a venda até agosto deste ano.
Ao todo, as receitas do banco somaram 15,9 bilhões de dólares, praticamente sem alterações em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Já as despesas operacionais recuaram ligeiramente, de 8,9 bilhões para 8,8 bilhões de dólares.
Leia também:
Itaú cresce 30% e registra lucro de R$ 5,73 bi no 1º trimestre
Receita recebe informações de brasileiros citados no SwissLeaks
(Da redação)