Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lucro da Petrobras recua no 4º tri — mas avança 11% no ano

Reajustes de combustíveis e mecanismos de proteção cambial ajudaram a impedir que o resultado trimestral da empresa mostrasse queda maior

Por Da Redação
25 fev 2014, 20h42

O reajuste dos combustíveis anunciado em novembro ajudou, mas não impediu a Petrobras de amargar nova queda no lucro líquido durante o quarto trimestre de 2013. O balanço divulgado na noite desta terça-feira pela estatal apresentou lucro de 6,281 bilhões de reais entre outubro e dezembro, uma retração de 18,9% sobre o quarto trimestre de 2012. Trata-se da segunda queda trimestral consecutiva registrada pela Petrobras na comparação entre períodos equivalentes – entre terceiros trimestres, o lucro havia caído 39%.

O resultado veio acima das expectativas de analistas, que previam um lucro líquido médio de 5,41 bilhões de reais – cerca de 35% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. No ano, o lucro da companhia avançou 11%, a 23,57 bilhões de reais. “Esse aumento é explicado pelos maiores preços de venda de combustíveis, função dos 3 reajustes do diesel e 2 da gasolina realizados ao longo do ano, pelo significativo aumento da produção de derivados em nosso parque de refino, pelos expressivos resultados de redução de custos e aumento de produtividade bem como pelos ganhos com as operações de venda de ativos”, afirmou a presidente da estatal, Graça Foster, em nota.

Leia também:

As cinco informações que interessam sobre o balanço da Petrobras

Em dia de balanço, Petrobras anuncia produção recorde do pré-sal

Continua após a publicidade

Base forma ‘blocão’ e apoia investigação sobre Petrobras

Câmbio – Outro fator que impediu o resultado trimestral de despencar ainda mais foi a decisão tomada pela Petrobras de adotar a contabilidade de hedge, uma prática contábil que reduz o efeito do impacto da variação cambial sobre as dívidas denominadas em dólar. Ao proteger 70% da dívida com a ferramenta contábil, a Petrobras reduziu o impacto da forte alta do dólar no decorrer de 2013 sobre a linha financeira.

Como consequência, a estatal reportou despesa financeira líquida de 3,021 bilhões de reais entre outubro e dezembro, período no qual o dólar se valorizou 5% sobre o real. Nos três últimos meses de 2012, com o dólar praticamente estável, o resultado financeiro ficou positivo em 2,788 bilhões de reais. Não fosse a aplicação da contabilidade de hedge, o saldo negativo da linha financeira seria maior.

Reajustes – O resultado operacional, por outro lado, foi beneficiado, entre outros fatores, pelo reajuste de 4% na gasolina e de 8% no diesel anunciados em novembro. O aumento reduziu o prejuízo apurado pela Petrobras nas operações de importação e posterior revenda de combustíveis e impulsionou o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado da estatal. O indicador, que melhor dimensiona a capacidade de geração de caixa de uma empresa, totalizou 15,553 bilhões de reais entre outubro e dezembro, expansão de 30,2% sobre o quarto trimestre de 2012.

Continua após a publicidade

O mesmo reajuste de combustíveis, aliado ao impacto do dólar mais valorizado sobre as exportações, impulsionou a receita líquida da Petrobras em 10,4% na comparação com o quarto trimestre de 2012, para 81,028 bilhões de reais. Este é o maior resultado trimestral já alcançado pela estatal, superando a marca de 77,700 bilhões de reais do terceiro trimestre de 2013. No ano, a receita líquida avançou 8% a 304,9 bilhões de reais.

Investimentos – A Petrobras informou ainda que prevê investir 220,6 bilhões de dólares no período de 2014 a 2018, em busca de uma produção média de petróleo de 4 milhões de barris diários entre 2020 e 2030. O valor ficou abaixo do teto previsto no plano de negócios anterior (2013-2017), de investimentos de 236,7 bilhões de dólares.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.