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Lobão nega risco de desabastecimento de energia

Ministro tenta minimizar temores de apagão e racionamento — e afirma que o governo está trabalhando para elevar o nível dos reservatórios

Por Da Redação
3 fev 2014, 15h22

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, tentou, nesta segunda-feira, minimizar as preocupações com relação ao risco de apagões ou mesmo de racionamento de energia. “Não enxergamos nenhum risco de desabastecimento de energia”, afirmou a jornalistas durante a posse dos novos ministros nesta segunda-feira, em Brasília. “O governo está trabalhando para que o nível dos reservatórios seja elevado”, disse, sem mencionar quais medidas estão sendo tomadas. A previsão de chuvas para este ano é bem menor do que foi nos últimos anos e, além disso, o Brasil tem um dos verões mais quentes das últimas décadas, o que impacta ainda mais a demanda por energia elétrica.

Para escapar dos questionamentos, Lobão afirmou que a situação dos reservatórios de hidrelétricas (no patamar de 40%), atualmente, é melhor que no mesmo período do ano passado.

As usinas térmicas que produzem energia a um custo mais baixo estão ligadas desde o ano passado e , para garantir o abastecimento pleno do sistema elétrico brasileiro, especialistas acreditam que será necessário ligar as térmicas mais caras.

Futuramente, tal opção resultará em custo maior da conta de luz, justo aquela que a presidente Dilma Rousseff prometeu manter barata. Segundo reportagem do site de VEJA, a falta de planejamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) também poderá pesar na conta de energia em breve.

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Repasses do Tesouro – O ministro Lobão disse ainda que o governo estuda novos aportes do Tesouro para bancar gastos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), mecanismo criado para pagar o funcionamento das termelétricas. “O Tesouro estuda isso. Nós do Ministério também estudamos. O gabinete civil também se dedica a isso e encontraremos a melhor solução possível”, disse.

No ano passado foram gastos aproximadamente 9 bilhões de reais com as térmicas, cujo funcionamento exige muito mais gastos que as hidrelétricas, mas necessárias para manter a segurança do setor elétrico, uma vez que os reservatórios brasileiros de água estão cada vez menores. O Tesouro fez aportes na conta da CDE no ano passado e, por sua vez, esse dinheiro foi emprestado para as distribuidoras, para que elas não precisassem repassar – agora – para o consumidor. A conta virá daqui quatro anos, passado o próximo mandato eleitoral.

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Nesta segunda-feira, a Aneel fixou valores da CDE a serem repassados às distribuidoras de energia até o dia 5 de fevereiro, referentes a gastos em 2013.

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Na sexta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica informou que o preço da energia elétrica de curto prazo, usada, sobretudo, por indústrias e distribuidoras, atingiu recorde histórico de 822,83 reais por megawatt-hora (MWh). O valor só não foi maior porque este é o teto determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o ano. O acionamento das térmicas mais caras, a pouca quantidade de chuva esperada para o ano e o forte consumo são os fatores que explicam o recorde.

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(com agência Reuters)

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