Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Levy rejeita câmbio artificial e dólar encosta em R$ 2,70

Ministro da Fazenda disse que não é a intenção do governo 'manter o câmbio artificialmente valorizado', indicando uma maior liberdade para o mercado

Por Da Redação
30 jan 2015, 16h59

O dólar fechou com o valor mais alto desde setembro de 2011 nesta sexta-feira, aproximando-se dos 2,70 reais, em uma reação a declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O ministro indicou que o governo não pretende que a moeda brasileira tenha com um valor irreal em relação ao dólar, o que vem ocorrendo segundo alguns economistas. “Não é intenção manter o câmbio artificialmente valorizado”, disse Levy, em evento do Grupo Bradesco para clientes e investidores.

No fim da sessão, a moeda americana avançou 2,96 %, a 2,6894 reais na venda, após chegar a 2,6919 reais na máxima da sessão (alta de 3,06%). Em janeiro, a divisa anulou completamente as perdas e terminou com alta acumulada de 1,15%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1 bilhão de dólares.

“O governo está revertendo medidas de intervenção em vários campos. Se o Levy menciona o dólar, dá a entender que o governo também vai ser mais passivo em relação ao câmbio”, disse mais cedo o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. Após a declaração de Levy, a assessoria de imprensa do ministro procurou a imprensa para afirmar que o ministro estava falando sobre o câmbio no mundo.

O BC vem atuando diariamente no câmbio desde agosto de 2013 para limitar a volatilidade e oferecer proteção cambial. Na avaliação de alguns analistas, a intervenção gerou distorções na taxa de câmbio, com economistas do Bank of America Merrill Lynch estimando o “valor justo” do dólar em 3,1 reais em relatório divulgado nesta manhã.

A autoridade monetária reduziu o ímpeto das intervenções duas vezes, a mais recente no fim do ano passado. Sob o atual formato, o programa durará pelo menos até 31 de março com ofertas de 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares.

Continua após a publicidade

O movimento desta sessão também refletiu o crescimento decepcionante dos Estados Unidos no quarto trimestre e fluxos de saída de investidores estrangeiros, após a agência de classificação de risco Moody’s rebaixar os ratings da Petrobras. A economia americana desacelerou com força no quarto trimestre de 2014, crescendo 2,6%, em ritmo anualizado, no período, abaixo da previsão de 3% de analistas consultados pela agência de notícias Reuters.

Leia mais:

Balanço não tem impacto imediato na nota de crédito da Petrobras, diz Fitch

Graça: prejuízos com corrupção na Petrobras podem ser maiores

Continua após a publicidade

Petrobras perde R$ 13,9 bilhões em valor de mercado em um dia

Bolsa – Com retração de mais de 5%, as ações da Petrobras voltaram a motivar as perdas da bolsa brasileira nesta sexta-feira, após a estatal ter suas notas de crédito rebaixadas pela Moody’s. Segundo dados preliminares, o Ibovespa, principal índice, teve queda de 1,79%, a 46.907 pontos. No mês, o índice perdeu 6,2%. O giro financeiro do pregão foi de 7,87 bilhões de reais.

As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras recuaram 6,5%, encerrando o pregão no menor nível de fechamento desde setembro de 2004, a 8,18 reais. A ação ordinária (ON, com direito a voto) da companhia fechou no patamar mais baixo desde maio de 2004, a 8,04 reais.

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.