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Levy: ‘Ou mudamos a fiação ou vai dar curto-circuito’

Em entrevista concedida a jornal, Levy afirma que a redução da meta do superávit poderia ter sido menor se o Congresso tivesse agilizado a aprovação de medidas do pacote fiscal

Por Da Redação
28 jul 2015, 10h35

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o governo pode aumentar a meta fiscal para 2016 se houver um “alinhamento de prioridades entre Executivo e Congresso”. Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta terça-feira, Levy disse que a redução do superávit primário (economia gerada para o pagamento da dívida pública) poderia ter ficado “num mínimo” de 0,4% e não em 0,15%, como foi anunciado, se tivesse contado com a colaboração do Congresso para aprovar com velocidade as medidas de ajuste fiscal, como a que desonera a folha de pagamento, adiada para o segundo semestre.

“O protagonismo do Congresso até agora tem sido na direção de enfraquecer a meta, pelas mais diversas razões. O Congresso, por exemplo, transformou o Profut (refinanciamento de dívidas de clube de futebol) em algo muito diferente do que havíamos proposto, sem que fique evidente que vai melhorar alguma coisa para os clubes. Mais uma vez, a sinalização foi de relaxamento fiscal. Podemos algo mais forte, mas não faz sentido que não esteja alinhado com a sinalização que temos recebido”, afirmou o ministro.

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Na última semana, o governo anunciou a redução da meta fiscal do superávit primário para este ano, de 1,1% para 0,15% do PIB – ou de 66,3 bilhões de reais para 8,747 bilhões reais. Para o próximo ano, a meta também foi diminuída, de 2% para 0,7% do PIB. Na entrevista, Levy deixou claro que teve que se conformar com a nova meta, mas voltou a frisar que ela não significa um relaxamento fiscal.

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“É uma realidade que se impôs, não tem problema, mas temos de entender os mecanismos. Na verdade, estaríamos em 0,5% do PIB de meta de superávit, porque, se tivesse passado a desoneração, e as outras coisas também teriam passado. Hoje, a presidente tem de vetar o fim do PIS-Cofins sobre o óleo diesel. É o que estamos vivendo. É um trabalho de persuasão que temos de fazer com tranquilidade e persistência”.

Perguntado sobre as razões que levaram o país a sofrer uma forte recessão na economia, Levy citou a queda no preço das commodities, “variados fatores domésticos” e as incertezas do cenário externo. “Venho alertando desde o início do ano que nossos parceiros mudaram de ritmo, e temos de nos ajustar a isso, pensando não só nos próximos meses, mas nos próximos anos. E fazer mudanças estruturais. Até brinquei: ‘Ou mudamos a fiação ou vai dar curto-circuito’.”

(Da redação)

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