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Levy levará novo modelo de infraestrutura à reunião do FMI para atrair investidor

Para atrair capital de fora o foco da equipe do ministro será a comunicação com investidores e criação de criar instrumentos de "project finance", uma modalidade de financiamento

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h36 - Publicado em 11 abr 2015, 00h33

Depois de anunciar medidas para destravar os projetos de longo prazo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, marcou uma série de reuniões com investidores estrangeiros para “vender” o novo modelo de financiamento da infraestrutura. Levy participará da próxima reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI). A reunião será realizada na semana que vem, entre os dias 13 a 19, em Washington. O governo tem pressa para atrair novos investimentos e ativar o crescimento, dentro do novo contexto de ajuste fiscal do país.

O esforço concentrado da equipe que estará com o ministro Levy em Washington será o de comunicação com investidores, segundo uma fonte do Ministério da Fazenda que participará das conversas. Na bagagem, o governo já vai levar as medidas adotadas na quinta-feira para atrair o mercado de capitais com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Levy trabalhou para apresentar as medidas antes da viagem. O governo considera fundamental a participação dos investidores estrangeiros nesse processo.

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A nova estratégia tem três linhas de ação: abrir espaço para o investidor privado, criar instrumentos de “project finance” (modelo de financiamento dos projetos) e fortalecer a área de governança na infraestrutura com maior estabilidade às regras do jogo para mitigar o chamado risco regulatório. Para isso, os projetos terão de ser melhor preparados – outro foco de trabalho da equipe econômica para que o portfólio de investimentos em infraestrutura atraia os investidores. “Tem várias iniciativas que podem ser tomadas para reduzir a risco real ou não percebido pelos investidores”, disse a fonte.

Nessa estratégia, o governo considera essencial tornar o ativo de infraestrutura no Brasil uma opção para o investidor com baixo risco comercial e retorno de longo prazo. e garanta a chamada “modicidade tarifária”.

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A preocupação do ministro é obter os resultados no menor prazo possível. “O esforço de todo o governo é muito grande, mas não dá resultados da noite por dia, o que requer uma política bem ativa de explicar para os investidores a nova visão”, disse um auxiliar do ministro. Na avaliação do governo, há grande interesse pelos projetos de infraestrutura no país e os investidores já entenderam que a equação financeira do modelo anterior não era mais viável. Agora, querem saber o que o governo “vai colocar no lugar”.

O modelo anterior de financiamento da infraestrutura era baseado em subsídios dados pelo governo via os empréstimos do BNDES com taxa de TJLP mais 2% de juros. “Não achamos que seja viável impor uma tarifa baixa ou regular a taxa de retorno. Isso não é viável se você não fechar a conta com algum tipo de subsídio no financiamento do projeto. Não há condição de o BNDES fazer isso agora, como vinha fazendo antes. O que você precisa fazer? Você precisa atrair capital externo”, ponderou o interlocutor do Ministério da Fazenda.

(Com Estadão Conteúdo)

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