Levy: Ajuda de bancos públicos ao setor automotivo não compromete ajuste
Após participar de evento no Rio de Janeiro, ministro da Fazenda argumentou que BB e Caixa levarão em conta a qualidade de crédito das empresas
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que as linhas de crédito abertas pelos bancos públicos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal ao setor automotivo não oferecem riscos ao ajuste fiscal. “Não compromete o ajuste, é uma operação de mercado, operação que na verdade evidentemente pressupõe o compromisso de contrato das montadoras”, disse. Após participar de evento no Rio de Janeiro, ele argumento que os “bancos estão levando em conta a qualidade de crédito das empresas”.
Nesta quarta-feira, o Banco do Brasil anunciou que antecipará a fornecedores da cadeia automotiva 3,1 bilhões de reais até o final deste ano. Na mesma linha, na terça, a Caixa disse que 5 bilhões de reais até o fim de 2015 em linhas de capital de giro e de investimento com juros mais baixos e prazos maiores às empresas do segmento. Segundo o ministro, trata-se de operações “absolutamente normais”, que os bancos fazem diariamente com seus fornecedores.
Levy também disse que se não houver “realismo e responsabilidade” com relação às despesas o trabalho do governo e das empresas ficará difícil. O ministro afirmou que houve queda na lucratividade das empresas nos últimos anos, e que é preciso recuperá-la, além de destacar que o Brasil passa pelo momento de acertar o que for necessário para se tornar competitivo.
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FGTS – Sobre o projeto que altera a rentabilidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de terça-feira, o ministro da Fazenda disse que, mesmo havendo elevação de sua remuneração, o FGTS teve sua estabilidade preservada, junto com sua capacidade de financiar a habitação popular.
O texto aprovado na Câmara estabelece que a remuneração dos novos depósitos no FGTS subirá de forma escalonada até se igualar ao índice de correção da poupança em 2019. A correção atual do FGTS é a Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano.
(Com agência Reuters)