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Leilão para frear preço da energia não resolve crise

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a oferta pode reduzir em até 50% o problema da falta de contrato das elétricas com as geradoras, o que as leva a comprar energia no mercado livre, com preços altos repassados ao consumidor

Por Da Redação
30 abr 2014, 07h59

O leilão de energia A-0, que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza às 10 horas desta quarta-feira, em São Paulo, não deve colocar fim a todos os problemas das distribuidoras de energia do país – e o preço da eletricidade deve continuar elevado, diante do baixo nível de água das represas de hidrelétricas. Segundo o próprio Ministério de Minas e Energia, o leilão pode reduzir pela metade o problema da chamada “descontratação” das distribuidoras – mas não extingui-lo. Sem os contratos, as empresas precisam recorrer ao mercado livre (também chamado de mercado de curto prazo ou mercado à vista) para garantir o abastecimento, o que acarreta custos maiores repassados ao consumidor.

No último leilão feito pela Aneel, no segundo semestre do ano passado, muitas distribuidoras ficaram sem contratos de energia com as geradoras devido ao baixo preço fixado pelo governo (de 100 reais o megawatt/hora – MWH). Como o preço médio no mercado livre estava mais alto, muitas geradoras desistiram de participar do leilão para vender a um preço mais atrativo no curto prazo. A “descontratação” fez com que muitas distribuidoras tivessem de apelar para o mercado livre para suprir a demanda dos consumidores de alta e baixa tensão (residências e empresas). Mas, com a severa estiagem, os preços neste mercado explodiram para acima de 800 reais o megawatt. Com isso, as elétricas se viram obrigadas a desembolsar quantias bilionárias para garantir o fornecimento de energia – e agora terão de ser recompensadas pelo governo.

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No certame desta manhã, quanto mais as distribuidoras contratarem, menor será a necessidade de comprar energia no mercado livre e, consequentemente, menos aportes deverão requerer do Tesouro Nacional. Para o ministério, se as distribuidoras garantirem a contratação de até 1.600 megawatts médios no leilão, já representaria um sucesso do certame – que faz parte de conjunto de medidas do governo federal para reduzir o preço da energia no curto prazo.

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As distribuidoras de eletricidade do país estão descontratadas em mais de 3,3 GW médios, o que tem obrigado a compra de energia bem mais cara no mercado de curto prazo. Os preços máximos aprovados para o leilão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) são de 262 reais por MWh para a energia térmica e de 271 reais por MWh para outras fontes, como hidrelétricas.

O tradicional período de fortes chuvas no Brasil termina no final de abril e a expectativa é de que os preços da energia continuem altos no curto prazo, já que as represas de hidrelétricas não se recuperaram após um período marcado por pluviosidade reduzida este ano.

Empresas do grupo Eletrobras e a Petrobras são apontadas como algumas das principais possíveis ofertantes, mas empresas privadas, como a Tractebel, também avaliam participar do leilão.

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(Com Reuters)

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