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Privatização da Celg pode render R$ 8 bilhões

Companhia que pertence ao Estado de Goiás e à Eletrobras será a primeira a ser vendida em um pacote de quatro distribuidoras oferecidas ao mercado

Por Da Redação
29 jul 2015, 10h21

A venda da Companhia Energética de Goiás (Celg) deve acontecer em novembro e render cerca de 8 bilhões de reais. O Estado de Goiás pretende utilizar 100% das receitas obtidas com o leilão em projetos de infraestrutura. Um projeto de lei será encaminhado à Assembleia Legislativa fixando essa destinação dos recursos. A proposta é investir em infraestrutura para o escoamento da produção e aumentar a competitividade do Estado no mercado nacional e internacional.

A secretária de Fazenda do governo de Goiás, Ana Carla Abrão, informou que o cronograma para o leilão é apertado, mas está em dia.

A Celg foi federalizada pela Eletrobras e depois incluída, em maio, no programa Nacional de Desestatização (PND). Será a primeira empresa a ser vendida de um grupo de quatro distribuidoras da Eletrobras que serão ofertadas ao mercado. A Eletrobras tem 51% das ações e o governo de Goiás, os 49% restantes. Além da Celg, a Eletrobras deve vender a Cepisa (Piauí), Ceal (Alagoas), Ceron (Rondônia) e Eletroacre (Acre).

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o gestor da venda. O banco contratou a Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), do Banco Mundial, para desenhar a modelagem, que está em fase de precificação.

Na avaliação da secretária de Fazenda, a empresa, embora esteja hoje com uma situação financeira fragilizada, tem grande potencial de crescimento e investidores nacionais e estrangeiros manifestaram interesse na compra, entre eles fundos de investimento, de pensão e empresas do setor interessadas na expansão do mercado.

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“A Celg é a joia da coroa. Goiás continua crescendo e é um Estado plano, sem problemas de relevos, como existem em outros locais, facilitando a distribuição”, disse Ana Carla. “Vemos um movimento de bancos montando fundos, investidores se organizando para participar. Está todo mundo de olho”, enfatizou a secretária de Fazenda.

Segundo ela, a falta de investimento na Celg representa uma restrição ao crescimento do Estado. Ou seja, Goiás cresce num ritmo mais rápido do que a empresa é capaz de acompanhar. Nem o Estado nem a Eletrobras têm recursos para fazer os investimentos necessários para atender à demanda crescente. Apesar da recessão da economia, o Estado deve fechar o ano com crescimento de 0,5%.

Com atividade econômica voltada para o agronegócio, Goiás se beneficia com o câmbio mais favorável para as exportações. Para Ana Carla, a venda da Celg poderá ser emblemática para o setor, que passou por grandes dificuldades nos últimos anos. Embora as receitas de privatização não entrem no cálculo do superávit primário, a venda reduz o endividamento do setor público, ressaltou ela. “A queda da dívida é sempre o objetivo principal do Ministério da Fazenda, porque a relação dívida e PIB ameaça o grau de investimento”, afirmou. A venda também aumenta a arrecadação da Receita Federal com a tributação da operação.

(Com Estadão Conteúdo)

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