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Leilão de campos de petróleo arrecada valor recorde de R$ 2,8 bi

Na avaliação do governo, intervalo de cinco anos sem concessões causou a valorização das áreas ofertadas; consórcio arrematou bloco por valor recorde

Por Da Redação
14 Maio 2013, 14h24

Após cinco anos sem fazer nenhum leilão, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) começou nesta terça-feira a 11ª Rodada de Licitações. Em seu primeiro dia de licitações, a agência já arrecadou 2,8 bilhões de reais, um novo recorde. O valor supera o recorde anterior, de 2,1 bilhões de reais, da 9ª rodada de concessões realizada em 2007, e superou com um dia de antecedência a meta inicial de que o montante somasse entre 2 bilhões de reais e 2,5 bilhões de reais. A ANP já licitou áreas nas bacias de Parnaíba, Foz do Amazonas, Barreirinhas, Potiguar, Espírito Santo, Ceará e Pará-Maranhão.

Empresas como Petrobras, OGX, Petra Energia, Ouro Preto, Queiroz Galvão e as estrangeiras Total, BP, BHP Billiton, Galp e BG apareceram como as principais vencedoras das disputas. O maior lance na primeira parte do leilão foi feito pelo consórcio formado pela francesa Total, a britânica BP e a Petrobras, por um bloco na Foz do Amazonas: 345,9 milhões de reais. A concessão dos oito blocos ofertados na região custou, no total, mais de 750 milhões de reais.

Na avaliação do governo, o intervalo de cinco anos desde a última licitação de áreas de exploração fez com que houvesse uma valorização das áreas que estão sendo ofertadas. “Nunca vimos nada parecido”, disse o secretário de Petróleo do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, em entrevista à Reuters, durante o leilão.

A bacia do Parnaíba ofertou vinte áreas em terra e arrecadou 61,3 milhões de reais. A grande vencedora da região foi a brasileira Petra Energia, que levou nove blocos. A bacia tem potencial para descobertas de gás natural.

Na bacia de Barreirinhas, a principal vencedora foi a britânica BG, sozinha ou em consórcio. A OGX ficou, nessa bacia, com um bloco em águas profundas e outro em águas rasas. Pelo último, a petrolífera de Eike deu um lance de 80 milhões de reais, mais de 130 vezes o valor mínimo de 588.000 reais estipulado pelo governo.

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Participam do leilão mais de sessenta companhias, disputando direitos sobre 289 áreas de exploração e produção em terra e no mar. A rodada não contempla áreas do pré-sal, que terão uma rodada exclusiva em novembro.

O resultado geral da rodada demonstrou forte apetite tanto de empresas nacionais como estrangeiras, incluindo algumas novatas como a Ouro Preto, bem como a força da OGX, apesar da sua difícil situação de caixa.

“Esta volta dos leilões está sendo excelente, com muito interesse dos investidores, tanto nacionais como estrangeiros”, disse o consultor e ex-diretor da ANP Vitor Martins.

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Eike x Landim – A rodada de leilões também foi marcada pela disputa entre a EBX e a Ouro Preto, do bilionário Rodolfo Landim. O empresário travou uma disputa judicial com Eike Batista após ter sido seu braço direito na EBX. As duas empresas disputaram alguns blocos nas bacias de Parnaíba e Barreirinhas.

Apesar de a Petra ter vencido a maioria dos leilões na primeira bacia, a OGX conquistou um bloco de 6 milhões de dólares – a oferta da Ouro Preto foi de 2,7 milhões de reais. Por outro lado, a empresa de Landim venceu outras duas disputas, ao preço de 13,9 milhões de reais. Em Barreirinhas, a Ouro Preto arrematou um bloco e “perdeu” para a OGX, que conseguiu a concessão de duas áreas.

Landim e Eike Batista protagonizaram uma briga relativa ao pagamento de bônus. Landim reivindicou pagamentos que o bilionário teria prometido ao executivo e não teriam sido efetuados. A decisão, que saiu no ano passado, foi favorável a Batista.

Leia ainda: Governo admite rever metas de conteúdo nacional no setor petrolífero

(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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