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Latam e Gol têm fim de semana de demissões no país

Latam não quis revelar quantas demissões aconteceram e Gol afirma que vai continuar a desligar os 850 trabalhadores da Webjet

Por Da Redação
4 mar 2013, 10h04

O Grupo Latam Airlines, fusão da empresa chilena LAN com a brasileira TAM, finalizou na última sexta-feira a consolidação das operações de ambas as companhias no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no Aeroporto do Galeão, no Rio, e no Aeroporto de Foz do Iguaçu (PR) – os únicos no país onde as duas empresas mantêm operações conjuntas.

Como resultado, a companhia informou que fez “um ajuste na sua estrutura de atendimento devido a funções redundantes”, que resultou em demissões. A empresa não revelou o número de funcionários demitidos, e disse apenas que os funcionários impactados receberão todos os direitos trabalhistas garantidos por lei.

De acordo com a companhia, a iniciativa de unificação das atividades tem o objetivo de buscar sinergias entre as companhias e otimizar e aperfeiçoar as atividades das empresas nos três aeroportos. “Cabe ressaltar ainda que o Grupo Latam Airlines realizou um esforço para absorver o maior número possível de funcionários desses três aeroportos em sua estrutura, mesmo que em funções diferentes das que ocupavam, minimizando o impacto dessa iniciativa”, acrescentou a companhia, em comunicado.

Mais demissões – No fim de semana outra companhia aérea, a Gol, anunciou demissões. A empresa informou no sábado que continuará com o desligamento de 850 funcionários provenientes da Webjet. A Gol considerou “frustradas” as negociações para a manutenção no quadro de funcionários após as propostas apresentadas serem rejeitadas. A Webjet foi comprada em julho de 2011 pela Gol e que encerrou as atividades em novembro do ano passado.

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Cerca de 850 trabalhadores haviam sido desligados da empresa em novembro, mas foram readmitidos em dezembro, após uma decisão da Justiça do Trabalho do Rio, que determinava a reintegração dos funcionários demitidos pela Webjet. O argumento do MPT foi de que a empresa promoveu uma demissão em massa sem negociação prévia com o sindicato. A Gol voltou a pagar os salários dos funcionários demitidos, mas não aceitou que eles voltassem ao trabalho.

Negociações – Em comunicado, a empresa afirma que negociou com os sindicatos por dois meses, mas suas propostas foram rejeitadas. “Tendo exauridas todas as tentativas, a companhia considera as negociações mantidas frustradas e se viu limitada a prosseguir com os desligamentos do seu quadro”, afirmou a Gol, no comunicado.

Os dois sindicatos do setor aéreo, dos aeronautas (pilotos e comissários) e dos aeroviários (equipe de solo), consideraram as propostas feitas pela empresa como “pífias”. “A Gol propôs estender o prazo de pagamento do plano de saúde e da cesta básica, mas não fez nenhuma proposta significativa”, disse o secretário geral do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Sergio Dias.

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Reação – Os sindicatos ligados ao setor aéreo acusam a empresa de desrespeitar a Justiça do Trabalho e estudam ações judiciais e protestos para pressionar a Gol. “Vamos tomar medidas judiciais para que a decisão trabalhista seja cumprida e que a Gol seja multada”, disse a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino.

A liminar da Justiça do Rio que determinou a reintegração dos funcionários da Webjet prevê multa diária de 1 mil reais por trabalhador em caso de descumprimento da decisão. Segundo Selma, cerca de 780 dos 850 funcionários da Webjet demitidos foram reintegrados pela Gol. Os representantes dos aeronautas vão se reunir nesta semana para decidir que ações vão tomar.

(com Estadão Conteúdo)

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