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Lagarde e Draghi defendem integração do orçamento

O presidente do BCE e a diretora do FMI palestraram em evento do Tesouro francês nesta sexta-feira e concordaram que a maior integração europeia da eurozona facilitaria a prevenção da crise

Por Da Redação
30 nov 2012, 09h31

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou nesta sexta-feira que a consolidação orçamentária na zona do euro vai ter um impacto econômico no curto prazo. “Nós ainda não saímos da crise”, disse Draghi à rádio Europe 1. “A recuperação para boa parte da zona do euro certamente começará na segunda metade de 2013”, completou.

Ele participou também nesta sexta-feira de um evento em Paris, França, organizado pelo Tesouro francês, onde disse que uma maior integração europeia da eurozona facilitaria a prevenção da crise. Na semana passada, líderes europeus dos 27 membros da zona do euro não conseguiram chegar a um acordo sobre o orçamento da União Europeia (UE). Os países ricos – Alemanha e Grã-Bretanha, em especial – afirmam que as restrições no plano de gastos públicos para o próximos sete anos que foi proposto são insuficientes.

Draghi acredita que os governos da zona do euro têm que avançar com a implementação de uma união bancária que deve ser aplicada a todos os bancos para evitar fragmentação do setor. A Alemanha já havia argumentado que a supervisão bancária unificada sob a égide do BCE deve se aplicar apenas aos maiores bancos do bloco.

Para conseguir uma integração mais profunda, os Estados-membros da zona do euro devem aceitar ceder mais soberania enquanto implementam reformas estruturais para reduzir a rigidez nos mercados de serviços e de trabalho, notavelmente a França e a Itália, acrescentou Draghi.

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s cortou o rating de crédito “AAA” de seis Estados da zona do euro em janeiro, e a Moody’s rebaixou o rating da França em uma nota este mês para “Aa1”. Draghi disse que embora os rebaixamento não tivessem um impacto imediato nos custos de empréstimo, eles eram um sinal para os governos que deve ser levado a sério.

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Concordância – No mesmo evento, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, também ressaltou, em discurso, que os países da zona do euro devem consolidar suas finanças públicas “de forma vigorosa e confiável”, mas em um “ritmo razoável”. Lagarde se pronunciou a favor de dar “um apoio à demanda de curto prazo”, diante do risco persistente de estagnação, e destacou os lucros que as reformas estruturais trarão.

Em sua opinião, essa integração orçamentária deve envolver uma supervisão maior das políticas nacionais, uma transferência de serviços orçamentários para um funcionamento comum, redes de segurança confiáveis para o setor bancário e um empréstimo comum, em particular para financiar essa rede de segurança.

A diretora do FMI disse que corrigir os desequilíbrios externos é crucial para a zona do euro e em relação a isso, ressaltou os avanços em países como Portugal, Grécia e Espanha, e opinou que neste último caso sua balança comercial com a zona do euro praticamente voltou ao equilíbrio. “Infelizmente essas correções não são apenas o resultado de uma melhora da competitividade desses Estados, mas também da diminuição de suas importações”, acrescentou.

Lagarde defendeu que os países com excedentes – como a Alemanha – deveriam contribuir para o reequilíbrio da zona do euro com aumentos de salários porque isso teria efeitos positivos sobre os países deficitários do sul da zona do euro.

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(com agência EFE)

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