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‘Lado B’ da Black Friday atrai consumidores de pneus e sabonetes

Sexta-feira de descontos é conhecida pelo aumento das vendas de eletrônicos, mas varejistas já registram forte alta na procura por produtos pouco associados à data

Por Luís Lima 25 nov 2015, 09h31

Não é só de smarthphones e TVs de plasma que vive a Black Friday, famosa sexta-feira de descontos no varejo. Outros produtos, não comumente associados à data, como sabonetes, desodorantes, pneus e cervejas, também ajudam a movimentar as vendas do comércio eletrônico brasileiro. É o que mostra um levantamento do ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude para o comércio. Segundo o estudo, feito a pedido do site de VEJA, o aumento da procura na Black Friday na comparação com uma sexta-feira “normal” foi de 949% para desodorantes, 895% para sabonetes, 687% para pneus e 526% para cervejas.

Entre os campeões de venda, na mesma base de comparação, a demanda foi 886% maior para eletrônicos, 850% para games, 788% para cinema e fotografia e 704% para celulares. “Com a melhora do e-commerce, desde a oferta à entrega do produto, é natural que o usuário passe a entender a web como parte de seu consumo diário. O consumidor buscará o que é mais conveniente, o melhor serviço. Nesse contexto, a diversificação da oferta de produtos é um processo natural”, diz Juliano Motta, diretor de operações da BlackFriday.com.br.

Segundo Motta, uma das empresas que entrarão no evento neste ano – e que reforça esse quadro – é a loja online de cervejas artesanais Empório da Cerveja, operada pela B2W Digital, que controla a Americanas.com e o Submarino. Outro segmento com presença forte este ano é o de viagens, com participantes como a companhia aérea Azul e o site de vendas Hotel Urbano. No ano passado, a Black Friday atraiu pela primeira vez marcas como Adidas, Nike e Nespresso.

Outra companhia, a Netfarma, única farmácia online que participará de maneira oficial do evento, também tem uma estratégia comercial específica para a data. A empresa informa que os descontos chegam a 90% e diz que as principais apostas para Black Friday 2015 são produtos da categoria higiene e beleza, como maquiagem e cosméticos. “Para 2015, estimamos dobrar o faturamento na Black Friday em relação a 2014, que já foi muito positivo”, diz a empresa, em nota.

“Black Fralda” – Desacreditada nos últimos anos por oferecer descontos pouco atrativos – chamados por consumidores, de forma irônica, de ” tudo pela metade do dobro” -, há indícios de que o que chegou a ser chamado de “Black Fraude” pode se tornar “Black Fralda”. Em evento recente na sede brasileira do Google, em São Paulo, a diretora de negócios para varejo da empresa, Cláudia Sciama, destacou que as fraldas – sim, fraldas – estiveram entre os produtos mais vendidos por uma grande rede varejista americana. Sem dar detalhes, a Huggies, dona da linha de fraldas da turma da Mônica, confirmou que há um aumento na venda do produto durante o evento.

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Os celulares, no entanto, ainda lideram a lista de produtos mais vendidos no evento. Levantamento feito pelo Busca Descontos, responsável pela organização da Black Friday, mostra que aparelhos móveis e smartphones foram os produtos mais comprados na Black Friday 2014, com 19,09% das aquisições. O estudo foi realizado em outubro com 6.926 pessoas.

Ainda de acordo com a pesquisa, os eletrônicos ficaram em segundo lugar, com 19,02%. Na sequência, os eletrodomésticos apareceram com 13,99%. O ranking é composto ainda por games e consoles (9,78%), roupas e calçados (9,07%), tablets, laptops e computadores (7,3%), móveis e decoração (3,43%), produtos de saúde e beleza (3,24%) e por fim, passagens áreas e pacotes de viagens (1,55%). Outros produtos somaram 8,96%.

Segundo dados da Clear Sale, a Black Friday do ano passado movimentou 871,98 milhões de reais, um aumento de 48% em relação a 2013. Foram 80 milhões de acessos simultâneos. Para este ano, a expectativa dos organizadores do evento é de um crescimento de 12%, para cerca de 1 bilhão de reais. “O consumidor está mais do que nunca valorizando seu dinheiro. Assim, se o varejo tiver capacidade de entregar boas ofertas, o evento vai estourar. Se não, será uma Black Friday tímida”, diz Motta.

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