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Kodak pode entrar com pedido de concordata

Companhia precisa de 1 bilhão de dólares para continuar funcionando

Por Da Redação
5 jan 2012, 10h19

A Eastman Kodak poderá entrar com pedido de concordata, o famoso Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, segundo fontes do Wall Street Journal. A empresa fundada há 131 anos, e que já foi líder do mercado fotográfico, vem enfrentando inúmeros problemas financeiros para se manter em funcionamento.

Com dificuldades em conseguir se reinventar, a Kodak iniciou um processo intenso de venda de patentes para conseguir reforçar o caixa e continuar operando. Caso não consiga captar cerca de 1 bilhão de dólares com o negócio, terá de recorrer à proteção da Lei de Falências. Segundo o WSJ, a empresa já prepara a documentação para caso seja necessário entrar com o pedido. Procurada pelo jornal, a Kodak não comentou o assunto.

Os resultados ruins verificados nos últimos meses geraram uma onda de venda de ações da empresa nos EUA, fazendo com que o valor do papel despencasse mais de 80% em 2011. Na última semana, a empresa recebeu uma notificação da Bolsa de Nova York (NYSE) afirmando que se o preço das ações não subir, ela terá de sair da lista de companhias abertas da bolsa. A legislação americana prevê que ativos com valor inferior a 1 dólar não podem ser negociados na NYSE – e a ação da Kodak vale menos de 1 dólar há 30 dias. Em 1997, o papel chegou a custar 90 dólares.

Mais uma – Caso o pedido de concordata ocorra, segundo o WSJ, deverá ser ainda neste mês – ou, no máximo, no início de fevereiro. Seria mais um exemplo de uma grande empresa em dificuldades que não conseguiu mudar seu modelo de negócios para acompanhar os avanços tecnológicos. Outras são a Polaroid, que entrou com o pedido de recuperação judicial em 2008; o grupo de livrarias Borders; e a locadora de filmes Blockbuster – ambas em 2010.

O fundador da empresa, George Eastman, também foi o inventor do filme fotográfico em rolo. Sua criação serviu de base para a gravação da imagem em movimento – que se tornaria, mais tarde, o cinema. Em 1932, aos 77 anos, Eastman cometeu suicídio, após padecer durante dois anos de uma doença degenerativa. Deixou apenas uma nota: “Meu trabalho está feito. Por que esperar?”.

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