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Kakinoff deixa mercado de luxo para entrar em setor espinhoso

Executivo terá o desafio de levantar a companhia aérea em um período de desaceleração econômica, prejuízos no setor aéreo e demissões

Por Ana Clara Costa
18 jun 2012, 20h15

O executivo Paulo Sérgio Kakinoff, de 37 anos, foi anunciado na tarde desta segunda-feira como o novo presidente da Gol Linhas Aéreas. Até o dia 29 de junho, Kaki, como é conhecido, continuará suas funções como presidente da Audi Brasil, cargo que assumiu em março de 2009, depois de passar 16 anos trabalhando na Volkswagen – empresa onde começou, como estagiário, aos 18 anos. Ao longo de sua trajetória no grupo, Kakinoff ocupou as funções de Diretor de Vendas & Marketing da Volkswagen do Brasil e Diretor Executivo para a América do Sul na matriz do Grupo Volkswagen, na Alemanha.

Na época em que esteve na Europa, Kakinoff estreitou laços com outras marcas do grupo, sobretudo a Audi, e acabou sendo convidado para administrar as operações da empresa no país. O executivo é formado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, em São Paulo.

Em janeiro de 2010, quando foi convidado para ocupar uma cadeira como conselheiro independente no conselho de administração da Gol, Kakinoff chamou a atenção por sua experiência na área de vendas. “A Gol será muito beneficiada pelo expertise de Kakinoff no setor de consumo, principalmente com a classe média, que é o grande foco da companhia”, disse Constantino de Oliveira Junior à época, em comunicado ao mercado. No conselho de administração da Gol, Kakinoff ajudou a definir novas estratégias para a empresa – inclusive a reestruturação atual.

A gestão de Kakinoff na Audi – aliada a um mercado interno favorável ao consumo de automóveis importados – fez com que as vendas anuais da montadora subissem de 1.427 veículos no final de 2008 para 5.461 no final de 2011 – alta de 382%. Mesmo nos cinco primeiros meses de 2012, com o setor automotivo desaquecido pela ameaça de crise (e com o agravante do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados sobre carros importados), as vendas da Audi aumentaram 6,6% em relação ao mesmo período de 2011. O resultado torna-se ainda mais vultoso se comparado ao resto do setor de carros importados, cujas vendas recuaram 35,6% no período.

O principal motor da estratégia levada adiante por Kakinoff foi a expansão da quantidade de modelos oferecidos aos clientes brasileiros e o fortalecimento da marca Audi entre a crescente fatia de consumidores de automóveis de luxo no país, por meio de ações de marketing e eventos direcionados a esse público.

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Na dianteira da Gol, o executivo terá muitos desafios: irá comandar, pela primeira vez, uma empresa do setor aéreo – um dos mais complicados do mercado. Margens de lucro estreitas, falta de infraestrutura aeroportuária, oscilação do preço do petróleo e uma grande reestruturação já colocada em prática são algumas das barreiras que Kakinoff irá enfrentar apenas nos primeiros meses de sua gestão. Além disso, pela primeira vez, o executivo administrará uma empresa de capital aberto, com sócios do porte da americana Delta Airlines, a maior companhia aérea do mundo.

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