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Juros do cheque especial chegam a 232%, maior em 20 anos

Taxa média cobrada em operações com pessoas físicas para consumo também bateu recorde em maio, chegando a 57,3% ao ano

Por Da Redação
23 jun 2015, 12h05

As taxas de juros em operações de crédito dos bancos voltaram a subir em maio, em linha com a escalada da taxa básica de juros (a Selic) promovida pelo Banco Central nos últimos meses.

O destaque foram os juros do cheque especial, que fechou maio em 232% ao ano, o maior patamar desde dezembro de 1995, quando estava em 242% ao ano. A média de juros no rotativo do cartão de crédito chegou a 360% ao ano, sendo a linha mais cara entre as outras modalidades oferecidas pelos bancos.

Segundo o BC, a taxa de juros cobrados em operações envolvendo pessoas físicas subiu pelo quinto mês seguido em maio, alcançando 57,3% ao ano. Trata-se do maior número registrado pela série iniciada em março de 2011.

No segmento de recurses livres, que trabalha com taxas de juros livremente definidas pelos bancos, a inadimplência subiu pelo segundo mês consecutivo para 4,7% em maio – ela estava em 4,6% em abril. É o maior patamar desde setembro de 2013, quando chegou a 4,6%.

O movimento de alta dos juros tem como pano de fundo a elevação da Selic promovida pelo BC desde outubro passado com o objetivo de arrefecer a persistente alta da inflação. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no início de junho, o BC elevou a Selic para 13,75% ao ano, dando pistas de que fará novos aumentos nos próximos meses.

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O estoque total de crédito oferecido pelo sistema financeiro subiu 0,7% em maio ante abril, totalizando 3,08 bilhões de reais. No acumulado de doze meses, ele cresceu 10,1%. Segundo o BC, o crédito concedido a pessoas jurídicas teve um acréscimo de 0,8%, alcançando 1,6 bilhões de reais. Para pessoas físicas, por sua vez, ele aumentou 0,6%, somando 1,4 bilhões de reais.

Na relação com o Produto Interno Bruto (PIB), o estoque de crédito aumentou de 54,3% para 54,4% em maio – o número é menor do que o verificado no fim do ano passado, de 54,7%.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que o mercado de crédito se manteve em expansão em maio, mas em ritmo menor do que no ano passado, influenciado principalmente pela avanço da Selic e o desaquecimento da economia brasileira. “O crescimento do crédito mostra arrefecimento. “O comportamento desse mercado segue o ajuste macroeconômico em curso”, afirmou. Maciel ainda lembrou que maio costuma ser um mês de avanço do crédito por causa do comércio no Dia das Mães.

Maciel também afirmou que o crédito para o setor imobiliário, carro chefe do segmento direcionado, mantém a trajetória observada desde 2010, de moderação ano a ano, mas que segue com taxas expressivas de crescimento, acima de 20% na base de 12 meses.

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