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Juros devem cair como consequência de equilíbrio macroeconômico, diz Meirelles

Ministro da Fazenda mantém discurso de que é preciso adotar medidas fundamentais "realistas" para recuperar confiança e estabilizar dívida pública

Por Da Redação
30 Maio 2016, 11h56

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que a estabilização da economia deve levar à queda da taxa de juros. “A taxa neutra vai caindo normalmente, como aconteceu em outros países. Isso é consequência das medidas de equilíbrio macroeconômico, não é algo voluntarista. Temos todo um processo de ajuste gradual da macroeconomia”, afirmou. A declaração foi dada durante encontro promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo. Atualmente a taxa básica de juros — a Selic — está em 14,25%.

O ministro não deu mais detalhes sobre medidas do governo interino de Michel Temer nem anunciou novas ações, mantendo o discurso de que é preciso adotar ações “realistas” para recuperar a confiança e estabilizar a dívida pública.

Na semana passada, o governo interino de Temer anunciou duas medidas econômicas com efeito imediato, envolvendo o BNDES e o Fundo Soberano, e outra que depende do aval do Congresso para limitar o crescimento de despesas primárias, incluindo desembolsos com saúde e educação. Meirelles disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com a medida deve ser encaminhada a Temer em duas semanas e, assim, ao Congresso. Só depois, acrescentou, outras medidas poderão ser adotadas “gradualmente”

Ele também disse que não há pressa na venda das ações que estão no Fundo Soberano brasileiro, no valor de cerca de 2 bilhões de reais, referindo-se aos papéis do Banco do Brasil. Para o ministro, a reforma da Previdência é fundamental para colocar a economia nos eixos novamente, e qualquer mudança deve ser discutida “com a sociedade de forma realista”.

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Imposto – O ministro repetiu nesta segunda-feira que não descarta aumento de impostos no futuro, apesar de uma medida nesta direção não estar na mesa no momento, e reforçou como um mantra que é preciso recuperar a confiança dos agentes econômicos. “Nunca se pode descartar eventuais aumentos de tributação que sejam claramente transitórios, na medida em que a carga tributária no Brasil é elevada”, afirmou a jornalistas.

Crescimento – Sobre a atividade econômica, Meirelles, que o Brasil deve voltar a crescer nos próximos trimestres. Ele ressaltou que o nível de atividade no passa por um momento de inflexão e seria um erro fixar datas para que isso ocorra. “Temos que focalizar as razões da queda de crescimento, da atividade e da confiança e começar a tomar as medidas macroeconômicas para que o país volte a crescer”, disse.

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Nesta quarta-feira, serão conhecidos os números do PIB do primeiro trimestre deste ano.

Déficit realista – À tarde, em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Meirelles afirmou que a estimativa de um déficit primário de 170,5 bilhões de reais para este ano é maior do que o calculado anteriormente porque as receitas tributárias estavam superestimadas. “A divulgação do déficit é realista”, defendeu o ministro.

Segundo ele, as receitas com vendas de ativos também foram revistas. “As receitas de vendas de ativos também tiveram que ser ajustadas à presente realidade, o que está em andamento, o que ainda podia ser feito este ano. Nada fora do que é absoluto realismo”, afirmou.

Meirelles defendeu que sejam honrados os pagamentos antigos. “Em resumo, é necessário botar as contas em ordem. Austeridade começa em cumprir a realidade e as suas obrigações, e a partir daí implementar um plano de ajuste baseado na realidade”, defendeu.

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(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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