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IPI menor faz crescer produção industrial, segundo IBGE

Para gerente de coordenação do órgão, a redução do imposto impulsionou as vendas do setor de automóveis durante o mês de abril

Por Da Redação
4 jun 2013, 15h45

De acordo com o gerente da coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo, a produção de automóveis relativa ao mês de abril foi favorecida pela manutenção do Imposto sobre Produtos Industrializados. Além disso, a alta na produção de autopeças foi responsável por alavancar todo o setor. Macedo ressalta que a melhora no setor automotivo impulsiona outros segmentos, influenciando grande parte da indústria.

Durante o mês de abril, a produção de automotores apresentou uma alta de 8,2% em comparação a março, maior crescimento desde março de 2012. Em relação a esse período, os veículos automotores ocupam o primeiro lugar entre as principais altas da indústria, com aumento de 23,9%. Para Macedo, a produção industrial de abril revela um cenário positivo sobre o setor, mas ainda assim, é necessário aguardar o resultado do próximo mês para poder afirmar com certeza que a indústria realmente entrou em recuperação.

Ele ainda destaca que alguns dados prévios a respeito do comportamento do setor comprometem as expectativas para o mês de maio, como a sondagem da confiança da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e os dados de vendas de automóveis da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

“Até abril, me parece um quadro muito bom para a produção da indústria. Até março, a gente não conseguia visualizar com clareza esse saldo positivo. Mas o que tem de indicador antecedente para maio nos faz ter cautela com o que esperar para maio”, afirmou. Ainda assim, ele ressalta que o resultado de abril é melhor do que o do ano passado. “Mas os dados de maio darão uma ideia melhor de como caminhará a indústria daqui para frente”, afirmou.

Leia ainda: Produção da indústria reage em abril e sobe 8,4% ante 2012

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ABC Brasil – Para Mariana Hauer, economista do Banco ABC Brasil, o resultado, ainda que forte, não permite discutir a retomada da indústria ou revisar as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. “Precisamos esperar os próximos dados para ver se realmente foi uma recuperação ou algo isolado.”

O crescimento de 1,8% na produção industrial em abril frente a março, superou as estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (1,70%). “Teve uma surpresa pela magnitude, mas a produção de bens de capital já vinha subindo e já era esperado que apresentasse um crescimento nesse mês”, conta Mariana. Nessa época, a produção de bens de capital sofreu um aumento de 8,2%.

A economista lembra o “efeito calendário”, responsável pela alta de 8,4% na produção industrial em comparação com abril do ano passado. “Além disso, o mês de abril de 2012 foi ruim, a base estava baixa. Na comparação é fácil ver um dado forte destoante.”

Tendências – Para a Tendências Consultoria, a recuperação da produção industrial ao longo de 2013 deve ocorrer em ritmo moderado, como sugerem os resultados. Mesmo apresentando um aumento maior do que o esperado para o mês de abril, eles mantiveram a projeção anual de crescimento de 2,3%. Em nota assinada pelo economista Rafael Bacciotti, a Consultoria afirma que “o índice de difusão – percentual correspondente às atividades que tiveram aumento na produção – veio melhor (de 55,6% em março para 66,7% em abril) e mostra que o aumento da PIM (Produção Industrial Mensal) em abril aconteceu de modo mais generalizado entre os setores de atividade”.

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A Tendências ainda destacou como principais contribuições positivas a produção de veículos automotores (8,2%), o setor de máquinas e equipamentos (7,9%) e alimentos (4,8%). “Entre as atividades que reduziram a produção no período, destaque para bebidas (-5,9%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-6,5%), que reverteram as taxas positivas do mês anterior”, escreveu Bacciotti.

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(com Estadão Conteúdo)

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