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Inundações deixam polos industriais ilhados em Bangcoc

Por Da Redação
7 nov 2011, 08h56

Por Ploy Ten Kate e Alan Raybould

BANGCOC (Reuters) – As inundações deixaram ilhados nesta segunda-feira dois polos industriais na zona leste da capital tailandesa, Bangcoc, além de se aproximarem do centro da cidade, afetando o tráfego de ônibus. Os trens, no entanto, continuaram circulando, e importantes bairros comerciais permanecem secos.

A água vem avançando lentamente desde o final de julho, começando pelo norte e nordeste do país e assolando províncias industriais e zonas de cultivo de arroz no centro, até chegar à região de Bangcoc, três semanas atrás.

A inundação está agora a apenas 7 quilômetros do bairro de Silom, no coração da capital, onde há grande atividade empresarial e de entretenimento.

Somkid Tanwatanakul, vice-diretor da Autoridade de Polos Industriais da Tailândia, disse à Reuters que as águas – atingindo 1,5 metro – chegaram agora aos arredores do Polo Industrial de Lat Krabang, na zona leste da capital.

“Reforçamos os diques em torno do polo até uma altura de 2,6 metros. Minha preocupação é que, se tanta água continuar se acumulando por muito tempo sem ter para onde ir, o polo pode não resistir.”

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Nesse local funcionam 254 fábricas, com quase 50 mil operários. Grandes empresas possuem unidades ali, como Unilever, Johnson & Johnson, Isuzu Motors e Honda Motor.

O polo industrial fica cerca de 10 quilômetros ao norte do aeroporto de Suvarnabhumi, o principal da cidade, que continua funcionando normalmente, por trás de um dique reforçado de três metros de altura.

A companhia aérea Thai Airways International noticiou nesta segunda-feira que sua central de passagens foi transferida para o aeroporto e dois outros locais, devido a dificuldades no acesso à sede da companhia, na zona norte de Bangcoc.

O antigo aeroporto Don Muang, ainda usado para voos internos, está fechado desde 25 de outubro.

A Honda, que já havia sido afetada pelo terremoto de março no Japão, teve de fechar duas fábricas na Tailândia, o que levou a empresa a cancelar, em 31 de outubro, sua previsão de lucros.

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Waraporn Pongpaiboon, funcionário da Honda tailandesa, disse que os empregados enfrentam dificuldades para chegar às fábricas, e que havia problemas também para escoar a produção.

Outro polo industrial, Bang Chan, também ao norte do aeroporto internacional, está igualmente ameaçado pelas águas. Ali há 93 fábricas – inclusive da Nestlé e da President Bakery, que fornece pães ao McDonald’s -, com cerca de 130 mil operários.

“Nossa fábrica ainda está seca, mas do lado de fora não está”, afirmou Yaowaret Kanjanachotkamol, gerente de marketing da President Bakery. “Começamos a ver água em algumas partes do terreno.”

Ralos e uma vala permitiram a entrada de água suja nas ruas do polo industrial, mas as fábricas propriamente ditas foram poupadas.

“Começamos a cobrir as instalações da fábrica com barragens de ferro depois de ouvirmos falar sobre a inundação (no polo industrial de) Ayutthaya”, disse Charo Kritchankran, gerente de uma fábrica da empresa de alimentos e produtos elétricos Saha-Union.

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(Reportagem adicional de Panarat Thepgumpanat, Wilawan Pongpitak e Jutarat Skulpichetrat)

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